ISSN 2359-5191

26/03/2009 - Ano: 42 - Edição Nº: 155 - Ciência e Tecnologia - Instituto de Física
Projeto da USP analisa o início do Universo

São Paulo (AUN - USP) -O início da operação do LHC (Large Hadron Collider), o maior acelerador de partículas do mundo, localizado na Suíça, chamou a atenção da mídia neste ano. As pesquisas realizadas no LHC investigam o funcionamento das partículas subatômicas, como os quarks, mésons, hadrons, tentando identificar o misterioso bóson, a única partícula prevista no modelo padrão do átomo que ainda não foi observada. Ele funciona fazendo dois prótons colidirem quase à velocidade da luz, desintegrando-os nas sub-partículas atômicas. O projeto da física Laura Paulucci Machado, do Instituto de Física da USP analisa essas partículas e como elas foram constituídas nos primeiros momentos do Universo, logo após o Big Bang.

“O trabalho pretende mostrar como se comportam as partículas subatômicas em regiões com altíssima densidade de temperatura, como era o Universo Primordial, 0.0001 segundo após o Big Bang.”, explica Laura.

Existe uma fase de transição, quando a densidade diminui, em que os quarks e gluons, as mais elementares partículas, se combinam em mésons e bárions. Com a densidade mais alta, eles se encontram separados, em forma de plasma. “Nas estrelas de nêutrons, a densidade também é altíssima, e ainda não sabemos ao certo quais subpartículas estão presentes ali”, afirma.

Segundo a pesquisa, estudos mais recentes sugerem que nas estrelas de nêutrons podem haver partículas mais exóticas, como condensados de partículas subatômicas conhecidos como condensados de Bose-Einstein, dos quais ainda pouco se conhece.

“Outra hipótese sugere que as estrelas de nêutrons são na verdade formadas por um plasma de quarks denominados up, down e strange. Essas subpartículas, principalmente o quark strange, ainda são um grande mistério, por isso têm o nome de ‘matéria estranha’ de quarks”, diz Laura.

A pesquisa procura estudar a injeção, propagação e interação destas partículas nas imediações de nosso planeta. “Essa é a maneira mais simples, e melhor, direta, de testar a hipótese da matéria estranha no interior das estrelas de nêutrons”, explica.

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