ISSN 2359-5191

04/04/2009 - Ano: 42 - Edição Nº: 07 - Saúde - Faculdade de Medicina
Medicina da USP quer parcerias com jornalistas para promoção de saúde

São Paulo (AUN - USP) - Unir comunicadores e profissionais da saúde para planejar novas estratégias de educação em saúde. Esse foi o principal mote que levou a disciplina de Telemedicina da Faculdade de Medicina da USP (DTM – FMUSP) a promover um workshop sobre “Saúde e Beleza na Comunicação” recentemente, paralelo à feira de beleza Hair Brasil 2009. Através de debates e palestras, a equipe do professor Chao Lung Wen mostrou como jornalistas podem contribuir para uma nova forma de pensar a Medicina: na prevenção de doenças. O foco do evento era a abordagem de questões de saúde pública em veículos de comunicação dirigidos a profissionais de estética e público em geral.

A jornalista responsável pela comunicação da DTM - FMUSP, Vanessa Haddad, abordou o crescimento do número de veículos de comunicação voltados para a saúde, relacionado à demanda e a preocupação do público com esses cuidados. Entretanto, há a necessidade de preparar os jornalistas para que eles não só divulguem notícias da área de saúde, mas também propiciem mudanças de hábito na população através delas. Para tanto, a DTM – FMUSP propõe oficinas e cursos de especialização na área, aumentando e aprimorando o contato de jornalistas com os profissionais de saúde. Além de promoverem programas de media training com médicos para facilitar o diálogo com a outra parte, superando assim uma das maiores dificuldades do Jornalismo em Saúde.

A DTM – FMUSP nasceu em 1998 e é dirigida pelo professor Chao Lung Wen, presidente do Conselho Brasileiro de Telemedicina e Telessaúde. Ambas as iniciativas objetivam desenvolver tecnologias de comunicação educacional para aproximar os profissionais de saúde do público leigo. Segundo ele, “As teletecnologias são uma nova concepção de relacionamento entre as pessoas”. Por esse motivo, a DTM – FMUSP faz diversas experiências com novas mídias, como os teleambulatórios, que fazem atendimento médico por videoconferência.

Em torno desse objetivo de “informar para formar” abre-se a discussão sobre um novo perfil para o profissional de comunicação. De acordo com a concepção dos profissionais da DTM, ele deve ter mais preparo e visão educacional. O alcance desse perfil, no entanto, encontra seu maior obstáculo na própria universidade. Para Vanessa Haddad, o ideal seria que as faculdades de Jornalismo tivessem especializações em saúde no currículo, e as de Medicina, noções básicas de comunicação.

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