ISSN 2359-5191

13/05/2009 - Ano: 42 - Edição Nº: 23 - Meio Ambiente - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
USP desenvolve primeiro projeto brasileiro de edifício sustentável

São Paulo (AUN - USP) - A Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP construirá, em parceria com o Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosférica (IAG), também da USP, o primeiro edifício brasileiro a seguir o conceito de “Zero-Energy Building” (ZEB). A expressão em inglês qualifica prédios que produzem toda a energia que consomem. Para viabilizar o projeto, os idealizadores estão em busca de apoio da iniciativa privada, já que, do custo estimado de R$ 20 milhões, apenas R$ 5 milhões e 700 mil já foram obtidos (sendo que R$ 5 milhões são do dinheiro da própria universidade e R$ 700 mil provenientes da Financiadora de Estudos e Projetos - Finep)

Depois de construído, o prédio abrigará o Centro de Estudos do Clima e Ambientes Sustentáveis (Cecas), que terá três principais setores, o Centro de Ciências da Terra e do Meio Ambiente, a Rede de Mudanças Climáticas e o Laboratório de Modelos para Sustentabilidade das Construções. O objetivo é, além de construir um edifício sustentável, desenvolver pesquisas na área ambiental e novas tecnologias que colaborem com a sustentabilidade.

Para atingir o objetivo de ser um ZEB, o edifício precisará de tecnologia de ponta, como sensores de gás carbônico e paineis fotovoltaicos (que transformam a energia solar em elétrica), porém o mais importante é utilizar tudo que a natureza já oferece e desperdiçar o mínimo possível, sem abrir mão do conforto.

As maiores preocupações do projeto são a iluminação e a refrigeração dos ambientes, assim como o uso e o aquecimento da água. Para a iluminação, a solução encontrada foi usar em parte luz natural e em parte luz artificial de baixo consumo. Como explicou Romero, a luz natural tem que ser utilizada com cuidado, para que não aqueça demais o ambiente, gerando gastos de energia na refrigeração.

Para reduzir o consumo de água serão adotadas algumas soluções como modelos de banheiros “secos” e uso da água de chuva tratada para fins que não exijam água potável.

Já na refrigeração do ambiente, as janelas serão abertas à noite para que sejam aproveitadas a ventilação natural e a queda de temperatura que ocorre à noite e serão usadas persianas externas para bloquear a radiação solar, reduzindo o aquecimento. Além disso, será usado um sistema chamado de ar-condicionado solar. Ele consegue usar o calor do sol para, através de um processo químico, produzir, ao mesmo tempo, água gelada (para refrigeração) e quente (para uso).

O projeto do Cecas ainda está em desenvolvimento e, segundo Romero, “aberto a sugestões”. Ele está previsto para ser concluído em três anos, mas, como já citado, ainda depende de apoio da iniciativa privada.

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