São Paulo (AUN - USP) - O Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), na Cidade Universitária, tem projeto para construção e operação de um depósito final para rejeitos radioativos. O projeto é coordenado pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), órgão brasileiro responsável pelas atividades na área nuclear.
Segundo José Claudio Dellamano, da gerência de Rejeitos Radioativos do Ipen, a conclusão de previsão é para 2014. Entretanto, ainda não há consenso sobre onde seria o local que abrigaria os rejeitos radioativos.
O lixo atômico oferece riscos por liberar excesso de radiação. Hoje, o Brasil possui tecnologia para gerenciar esse rejeito de forma segura, mas, diferentemente dos Estados Unidos e Europa, não tem um “endereço final” para ele. O depósito permanente proporcionaria uma contenção mais apropriada dessa radiação e evitaria acidentes como o que aconteceu em Goiânia em 1987.
Com a construção do depósito permanente, o Brasil ganha mais uma tecnologia que o distingue na América Latina. O depósito poderá ser, inclusive, destino de lixo radioativo internacional, já que não é incomum que os países paguem para ter seus rejeitos em um local definitivo, ainda que não seja em território nacional.