ISSN 2359-5191

17/06/2009 - Ano: 42 - Edição Nº: 37 - Sociedade - Instituto de Psicologia
Consulta popular avalia sistema de saúde americano

São Paulo (AUN - USP) - Logo após eleito, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, realizou reuniões comunitárias para debater o problema dos custos e da ineficiência do sistema de saúde no país. Aproximadamente nove mil americanos entre especialistas, cidadãos e trabalhadores da área médica participaram das reuniões e fizeram propostas para a reforma na saúde. Segundo o site do governo, todas as 3.276 sugestões foram lidas e analisadas. As maiores reclamações estavam na falta acessibilidade e nos altos custos do sistema de saúde, que, apesar de receber subsídios do governo é agressivamente privado.

Durante palestra sobre políticas públicas e estratégias atuais de implementação do Sistema Único de Saúde (SUS), Ricardo Rodrigues Teixeira, Professor da Faculdade de Medicina da USP, afirmou que nessas reuniões as principais reformas pleiteadas pelos americanos foram: Universalidade, Defesa do cuidado integral aos pacientes e Solidariedade. Os dois primeiros pontos são comuns à proposta do Sistema brasileiro. A diferença entre as duas propostas está no terceiro ponto. O que no Brasil é igualdade torna-se solidariedade no plano americano, isso porque a sociedade dos EUA é baseada no individualismo e no mérito e considera a ideia de igualdade como depreciativa. Segundo a professora do Instituto de Psicologia da USP, Vera Paiva, o debate internacional sobre AIDS segue a mesma lógica dos americanos e, apesar de dentro do Brasil debater-se a necessidade de igualdade no tratamento, isso é traduzido para solidariedade em discussões internacionais.

Segundo documento publicado pelo governo dos Estados Unidos, mulheres são mais vulneráveis a altos custos com saúde do que homens. Afinal, quando elas engravidam, precisam visitar médicos com maior frequência e após certa idade, precisam realizar exames periódicos caros, como papanicolau e mamografia. Além disso, segundo censo realizado em 2007 nos Estados Unidos, 21 milhões de mulheres e garotas americanas não possuíam seguro de saúde naquele ano. Isso acontece porque mulheres geralmente não trabalham em período integral, o que as faz menos propícias a ter direito ao sistema de seguro-saúde americano, que é exclusivamente para pessoas empregadas. A proposta da Casa Branca é que a reforma do sistema de saúde o torne acessível para todos e resolva o problema específico das mulheres.

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