São Paulo (AUN - USP) - A característica principal da web 2.0 é a colaboração entre os usuários. Para tanto, componentes que facilitem a interação entre os internautas precisam ser desenvolvidos. Com esse intuito, o projeto Groupware Workbench gera ferramentas que, além de contribuir para a comunicação entre usuários, auxilia programadores na elaboração de novos instrumentos para softwares de grupos (groupware).
O projeto Groupware Workbench teve suas pesquisas iniciadas no segundo semestre de 2008, no Instituto de Matemática (IME) e Estatística da USP. O seu trabalho consiste em gerar suporte para programação na web 2.0, fornecendo componentes que facilitem o desenvolvimento de sistemas colaborativos.
Segundo Marco Aurélio Gerosa, professor do IME e coordenador do grupo, há uma grande dificuldade no desenvolvimento de softwares onde um grande número de pessoas interaja. “Há um grande volume de informações, dados sincronizados, concorrência de acesso, sendo difícil construir suporte para esse tipo de sistema de web 2.0”, conta. Assim, o Groupware Workbench instrumenta o desenvolvedor desse tipo de software, ajudando em experimentos e na criação de groupwares.
Dentre os maiores problemas enfrentados pelos programadores com os sistemas colaborativos está a dificuldade de manutenção. Como existem muitos recursos nessas aplicações, há uma mistura natural de códigos. Visando reduzir essa situação, o Groupware Workbench ajuda a organizar essas ferramentas, criando componentes separados que auxiliam em novas mudanças. “A grande questão é que os sistemas da web 2.0 evoluem muito rapidamente. Com o uso de componentes mais especializados, a atualização é facilitada”, diz Marco Aurélio.
As primeiras ferramentas geradas pelo Workbench são ligadas ao contexto educacional. Componentes usados para construção de fóruns de discussão, gestão de tarefas, categorização de mensagens, por exemplo, já estão disponíveis. Também está sendo desenvolvido um balcão de dúvidas no site do Centro de Competência em Software Livre (CCSL) do IME.
Para o futuro, o grupo ainda visa investigar a integração com modelos de componentes já existentes e a disponibilização de outras ferramentas voltadas para inteligência coletiva. Com isso, haveria a adoção de algumas estruturas, estendendo e adaptando seus instrumentos conforme as necessidades do sistema colaborativo.