ISSN 2359-5191

12/07/2009 - Ano: 42 - Edição Nº: 44 - Saúde - Faculdade de Medicina
Profissionais de beleza podem ajudar na detecção de câncer de pele

São Paulo (AUN - USP) - Profissionais de beleza e estética podem ser parceiros no diagnóstico precoce de câncer de pele. Esse tipo de câncer já é o de maior incidência no Brasil e é desencadeado por fatores genéticos e pela excessiva radiação solar. Nos casos mais graves, como o melanoma, a detecção tardia pode prejudicar as chances de cura do paciente. Em workshop realizado recentemente, professores da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) mostraram a importância dessa colaboração. Então, os professores da Disciplina de Telemedicina da FMUSP se dispuseram a ensinar os métodos de diagnóstico simples a profissionais envolvidos nessas áreas.

O maior perigo do câncer de pele reside na possibilidade de o tumor entrar em metástase e assim a alteração nas células se espalhar e atingir outros tecidos vitais. No entanto, os sinais apresentados pelos tumores são em geral visíveis e de fácil reconhecimento. O professor Cyro Festa Neto, do Departamento de Dermatologia da FMUSP, destacou que a incidência do melanoma tem aumentado a cada ano e apresentou um método simples de diferenciá-los das pintas e sinais comuns. Trata-se da sigla ABCD, que significa que uma mancha que tiver assimetria, bordas irregulares, cores variadas e diâmetro maior que seis milímetros pode ser um melanoma.

No caso dos profissionais de beleza e estética, eles podem ser importantes instrumentos de prevenção primária e secundária. A primeira, divulgando o uso de filtro solares. Já a segunda, orientando clientes que apresentem possíveis tumores a procurar um especialista. Um ponto forte dessa área é a sua grande distribuição pelo território nacional e o fato de trabalhar com as regiões do corpo nas quais o melanoma mais aparece; cabeça, tronco, pernas e pés.

Segundo a equipe da DTM-FMUSP, o treinamento desses profissionais pode ser facilmente feito através de oficinas, workshops, campanhas e pela divulgação da imprensa. Além disso, programas de screening populacionais – nos quais são procurados sintomas da doença em qualquer pessoa que possa ou não apresentá-la – são ferramentas eficientes. Para eles, o mais importante é realizar uma educação em saúde para a prevenção e, posteriormente, diagnosticar a tempo aqueles que já foram acometidos pela doença.

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