São Paulo (AUN - USP) - Estudantes e professores da Escola de Educação Física e Esporte (EEFE) da USP e da Faculdade de Educação Física de Santos propuseram e validaram, em artigo científico, um novo instrumento de avaliação qualitativa do nado “Crawl”. Foram considerados, para isso “conhecimentos atuais sobre eficiência técnica, especificidade de estilos e a variação na magnitude e significado do erro”, segundo o documento.

Há quatro nados culturalmente determinados: costas, borboleta, peito e crawl. Dentre esses, o último é a forma de deslocamento aquático mais eficiente e, por conseguinte, a mais praticada. Porém, há carência de instrumentação de avaliação desse estilo. Vale ressaltar que a eficiência em natação deve ser entendida como percorrer uma determinada distância na menor unidade de tempo. Por isso, esse grupo de acadêmicos sentiu a necessidade de criar uma nova forma de avaliação.

Cinco especialistas em natação participaram como avaliadores da ferramenta. Ela utilizou filmagens de movimentos de crianças com idade média de 10,5 anos de idade. Para efetuar a captação das imagens foi utilizado um carro especialmente construído para este estudo, denominado de Carro de Filmagem Aquática Dinâmica (CFAD).

Para conseguir avaliar corretamente, foi necessário identificar e compreender os componentes do nado: a ação dos membros, posicionamento do corpo, respiração, e a interação entre eles. “Em relação ao posicionamento do corpo, durante o nado ‘Crawl’, o tronco deve rolar em torno do próprio eixo”, explica o artigo.

Considerando os conhecimentos atuais sobre eficiência técnica, especificidade de estilo e a no tamanho do erro, os especialistas consideraram o método de avaliação viável. O artigo ressalta que “em relação à atuação de profissionais, [a ferramenta] pode auxiliar na seleção de prioridades de um programa voltado ao aperfeiçoamento da técnica”. Mas, a aplicação do instrumento deve ser feita por profissionais, pois “o avaliador deve possuir conhecimentos sobre o nado ‘Crawl’ e seus componentes em interação”.