ISSN 2359-5191

11/10/2002 - Ano: 35 - Edição Nº: 20 - Saúde - Faculdade de Saúde Pública
Professores estimulam prática sanitarista

São Paulo (AUN - USP) - O tema vigilância sanitária, como uma faculdade científica importante para a qualidade de vida das pessoas, é algo recente. A assimilação dos conhecimentos e pesquisas nessa área demorou para ser percebida pela academia. As ações hoje consideradas sanitaristas surgiram isoladamente, de acordo com a demanda da sociedade.

É por essa razão que um grupo de professores da Faculdade de Saúde Pública, com o apoio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Anvisa, apresentou nesta semana a implantação de um antigo projeto: o Centro Colaborador de Vigilância sanitária, Cecovisa. Firmado por meio de um convênio entre a Universidade de São Paulo e a Anvisa, o Centro pretende suprir deficiências primárias do setor.

“A Vigilância Sanitária sempre teve dificuldade de ser reconhecida. Ela acontecia, mas nunca teve identificação”, lembra um dos diretores da Anvisa, Luiz Carlos Vanderlei Lima. Daí se explica a relevância de uma agência nacional, como projeto político, só fundada em 1999 e da iniciativa desse grupo de professores, que priorizam o desenvolvimento mais legitimado dessa área do saber.

Com uma explicação minuciosa de seus históricos, perspectivas, objetos e obrigações, o grupo deixou clara a necessidade da interdisciplinaridade para o bom sanitarismo. “Queremos agregar funções dos recursos humanos da técnica com a pesquisa, para fazer aplicabilidade”, afirma a professora Sueli Gandolfi Dallari.

As idéias principais do Cecovisa são: a implementação de cursos e pesquisas que promovam um contingente de pessoal especializado cada vez maior, de forma esquemática; a avaliação do que já existe relacionado ao tema e está “perdido” em outros campos científicos, tais como a física, química e economia; a promoção de parcerias com órgãos governamentais que precisam de assessoria e em última instância a consolidação da prática de vigilância sanitária como campo do conhecimento. No caso da formação de recursos humanos, pretende-se aperfeiçoar o que já existe, criando cursos profissionalizantes tanto no nível médio e superior de ensino.

O projeto é audacioso. Por isso mesmo que os recursos a serem alocados somam mais de dois milhões de reais, sendo que cerca de quatro quintos do montante proverá da Anvisa e o restante da USP. A disposição do grupo é de que se mude o panorama atual do setor mais globalizante da saúde pública, sempre com o apoio de toda a sociedade. A Cecovisa promoverá reuniões quinzenais, às quartas-feiras, na sala 102 do prédio central da Faculdade de Saúde Pública. Todas as pessoas interessadas em conhecer mais ou expor propostas estão convidadas.

Mais informações pelo telefone (0—11) 3061-5757 ou pelo e-mail cecovisa@fsp.usp.br.

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