ISSN 2359-5191

25/11/2009 - Ano: 42 - Edição Nº: 88 - Educação - Faculdade de Saúde Pública
Vulnerabilidade em idosos integra debate na USP

São Paulo (AUN - USP) - Questão da vulnerabilidade em pessoas idosas é tema de discussão na Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP. Segundo a professora Aldaíza Sposati, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), envelhecimento e vulnerabilidade são elementos intrínsecos e que necessitam de atenção especial para que as vitalidades corporal e mental alcancem uma mesma sintonia, ou seja, o tão sonhado “projeto de felicidade” na velhice.

Aldaíza explica que, embora seja algo cheio de nuances, a vulnerabilidade é erroneamente confundida com falta de renda ou incapacidade de consumir. “Trata-se de um falso silogismo que, muitas vezes, dificulta a discussão sobre proteção social de idosos para superação dessa dificuldade”, diz. De acordo com a professora, o isolamento é uma das piores formas da vulnerabilidade em pessoas com idade avançada. “Envelhecimento significa um restringir ou mesmo uma ruptura de laços afetivos, tanto em número quanto em condições”, afirma.

Aldaíza Sposati conta um caso que retrata exatamente esse sentimento de abandono dos idosos. “Quando ainda trabalhava como assistente social, uma senhora me disse que as pessoas viam os idosos apenas de duas maneiras: ou como estorvo ou como relíquia”, observa. Para a professora, a aliança entre previdência, saúde e assistência social é fundamental para que esse quadro de isolamento se reverta.

Terapias lúdicas
Outro ponto importante na questão do envelhecimento são os gastos. “Há o pressuposto de que ficar mais velho implica receber menos, como se a vida fosse ficar mais fácil, o que não passa de uma inverdade”, salienta Aldaíza. Ela lembra que ao envelhecer, aumentam-se os cuidados, o que exige também mais centros especializados, que – na maioria das vezes – fogem do orçamento do idoso. Há também mais gastos com medicamentos. De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2003, comprovou-se que, mesmo com a evolução da cura das doenças, gastos com remédios ainda são prioritários na vida de pessoas idosas.

Para a professora, enquanto não há uma ação efetiva por parte da saúde pública, os centros de convivência – como, por exemplo, os SESCs (Serviço Social do Comércio) – podem ser uma opção para solucionar parte do problema da vulnerabilidade. “Com terapias lúdicas, os idosos encontram uma forma de liberdade para se expressarem e, logo, sentem-se menos sozinhos”, explica.

Leia também...
Nesta Edição
Destaques

Educação básica é alvo de livros organizados por pesquisadores uspianos

Pesquisa testa software que melhora habilidades fundamentais para o bom desempenho escolar

Pesquisa avalia influência de supermercados na compra de alimentos ultraprocessados

Edições Anteriores
Agência Universitária de Notícias

ISSN 2359-5191

Universidade de São Paulo
Vice-Reitor: Vahan Agopyan
Escola de Comunicações e Artes
Departamento de Jornalismo e Editoração
Chefe Suplente: Ciro Marcondes Filho
Professores Responsáveis
Repórteres
Alunos do curso de Jornalismo da ECA/USP
Editora de Conteúdo
Web Designer
Contato: aun@usp.br