São Paulo (AUN - USP) - A descoberta da camada do pré-sal trouxe consigo inúmeros desafios, e a conseqüente necessidade de inovações tecnológicas para superá-los. Assim, a Petrobras inaugurou no dia 1º de dezembro, mais um laboratório da rede Galileu, criada, implementada e gerenciada pela empresa: o Tanque de Prova Numérico (TPN-USP), na Escola Politécnica (Poli) da USP.
O TPN-USP já trabalhava em parceria com a Petrobrás desde 2002, no desenvolvimento de pesquisas e simulações. Novas instalações foram criadas, com um investimento de quase R$ 10 milhões em obras e equipamentos, principalmente em uma estrutura computacional de alto desempenho, que permitirão a visualização e análise de grande número de dados em tempo real com outros centros de pesquisas. Outro recurso da estrutura da USP é o Calibrador Hidrodinâmico, um tanque de 14m X 14m e 4m de profundidade, capaz de criar ondas multi-direcionais, que será basicamente utilizado para testar modelos conceituais de unidades flutuantes simulando os fenômenos hidrodinâmicos não-lineares.
Rede Galileu
Outras universidades também fazem parte da rede Galileu, entre elas o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), a Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ), Pontifícia Universidade Católica do Rio (PUC/Rio) e Universidade Federal de Alagoas (Ufal), além de colaboradores como o Instituto de Pesquisa e Tecnologia (IPT/USP) e a Universidade de Campinas (Unicamp). Todas as instituições estão ligadas entre si e ao Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes), através da sala de realidade virtual.
A rede tem como objetivo agilizar a troca de informação entre os principais centros de pesquisa, para que o desenvolvimento de soluções para o pré-sal seja mais rápido através dessa interação. “Vocês desenvolverão as tecnologias e encontrarão as respostas”, disse o engenheiro da Diretoria de Exploração e Produção da empresa, Álvaro Maia Costa, aos alunos da Escola Politécnica durante a 45ª Semana de Estudos Mínero-Metalúrgicos.