São Paulo (AUN - USP) - Todos os anos, participantes da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace) são classificados para representar o Brasil na Intel ISEF, a maior feira de ciências do mundo, que conta com a participação de mais de 50 países. Neste ano, 15 estudantes brasileiros terão a chance de viajar para a cidade de San Jose, Califórnia (EUA), e concorrer à premiação internacional.
Na última edição da Intel ISEF, os participantes brasileiros conseguiram arrematar cinco prêmios, incluindo um segundo lugar na área de microbiologia. “Ficamos muito contentes com o desempenho de nossos alunos no ano passado”, disse Eliana Saggio, responsável pela comunicação da Febrace. Em sua volta ao Brasil foram até recebidos pelo presidente Lula. “Em 2010, espera-se que esse número só aumente”, afirmou.
A feira nacional ocorreu entre os dias 9 e 11 de março na Escola Politécnica da USP e contou com a participação de alunos do ensino médio e técnico, de instituições e centros educacionais de 26 estados brasileiros, além de dois grupos internacionais.
Os projetos foram divididos em sete categorias: engenharia, ciências agrárias, da saúde, exatas e da terra, biológicas, humanas e aplicadas. Durante o evento, dois projetos sobre a saga Crepúsculo foram muito populares. Outros a atraírem muita atenção foram os sapatos que esfriam e esquentam sozinhos e um sistema de reutilização da água do chuveiro para a descarga.
A grande novidade deste ano foi a inauguração da “Febrace virtual”, uma versão online da feira na qual podia-se visitar a feira assistindo a vídeos dos projetos. Outra inovação foi o fato dos votos serem feitos apenas pelo site, o que permitia que visitantes virtuais pudessem votar.
Com cerca de 12 mil visitantes, a oitava edição contou com um público diversificado, desde estudantes universitários até alunos do ensino fundamental. A professora Cláudia Nunes, de Cosmópolis, interior de São Paulo, trouxe uma excursão com o intuito de despertar o interesse de seus 25 alunos por projetos científicos. “Respondeu em muito as minhas expectativas. Além dos experimentos você gera integração entre os estados e conhece os interesses de cada um”, declarou. A experiência se mostrou tão produtiva que a coordenadora pedagógica Úrsula Mascarenhas afirmou que vai incorporar o evento no calendário da escola.
A estudante Cláudia Saito, do segundo ano de Biologia da USP, que visita a feira pela segunda vez, acrescentou que o evento está muito mais organizado neste ano e que pretende continuar a frequentá-lo nas próximas edições.
Para acompanhar o desempenho dos classificados, visite o site:
www.societyforscience.org/intelisef2010 (em inglês)