ISSN 2359-5191

14/05/2010 - Ano: 43 - Edição Nº: 14 - Meio Ambiente - Escola Politécnica
Laser medirá emissão de poluentes de refinarias de petróleo

São Paulo (AUN - USP) - O Centro de Lasers e Aplicações do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen, na USP) desenvolveu uma técnica de medição de gases e partículas expelidos por chaminés de refinarias de petróleo através do uso de lasers. A pesquisa, financiada pela FAPESP e pelo CNPq, foi desenvolvida em conjunto com pesquisadores e alunos de pós-graduação, de Mestrado e de Doutorado, do curso de Engenharia Química da Escola Politécnica da USP, no Centro de Capacitação e Pesquisa em Meio-Ambiente (Cepema).

O aparato técnico, com previsão de ser implantado em julho deste ano, será instalado na chaminé de uma indústria de refino de petróleo em Cubatão. Segundo Eduardo Landulfo, coordenador de Aplicações Ambientais de Lasers, o laser servirá para detectar o gás e o material particulado que é expelido pela indústria e, assim, fazer um levantamento para controle dos poluentes. Como o projeto é desenvolvido em parceria com a Petrobrás, além de ter um objetivo ambiental, os seus resultados servirão também para verificar a eficiência de processos de refino.

O laser é uma onda com um comprimento que permite, em certas freqüências, a visibilidade a olho nu. Quando utilizado para monitoramento de poluentes, ele funciona com o mesmo princípio de um radar. É emitido um pulso, em seguida o laser encontra na atmosfera o que se chama de "objeto" – que pode ser uma partícula ou uma molécula, por exemplo – e volta. Após a análise, que pode ser feita quase que em tempo real, pode-se medir o tamanho das partículas e saber quais as distância e composição do objeto, além da direção do vento.

O aparelho utilizado para a emissão do laser é denominado "LIDAR" – sigla em inglês para Light Detection And Ranging. O equipamento foi concebido para medir a concentração relativa de aerossóis – denominação para conjuntos de partículas suspensas em um gás - na atmosfera. "Esse sistema de lasers comercial custa por volta de R$ 500 mil", conta o pesquisador.

Além de projetos como este, um constante monitoramento da atmosfera é feito. "Há um laser na capital – que se encontra aqui no Ipen -, um no interior e um no litoral", explica Eduardo Landulfo. Assim, compara-se dados históricos do comportamento de dispersão e acúmulo de partículas no Estado de São Paulo. No começo do inverno há um trabalho mais intenso, já que a umidade do ar é mais baixa, contribuindo para uma maior poluição do ar atmosférico.

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