ISSN 2359-5191

21/03/2003 - Ano: 36 - Edição Nº: 01 - Ciência e Tecnologia - Escola Politécnica
USP seleciona seis projetos para feira de ciências nos EUA

São Paulo (AUN - USP) - Seis projetos foram selecionados para representar o Brasil na feira International Science & Engineering Fair (ISEF), nos EUA, com bolsas para os alunos integrantes.

A seleção foi realizada na 1a Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace) na Escola Politécnica (Poli) da USP, nos dias 12 a 14 deste mês, apresentando projetos de estudantes do Ensino Médio e último ano do Fundamental de várias escolas do Brasil.

Os projetos selecionados foram Sisdoctor, de Daniel Führ; A Caixa Genética, de Tamíris Pereira da Costa Neves; Orientador para Deficientes Visuais, de Pablo Tinoco da Silva; Algumas propagandas de cerveja veiculadas no meio televisivo – analisando a questão ética, de Luís Fernando Prudente Silva; Centro específico de reciclagem e educação comunitária, de Wellington Cezar Cabral, Denys Cezar Cabral, Nickson Cezar Cabral; e Robô-peixe, de Francisco Selles de Almeida Júnior e Nei Alcântara Junio.

A idéia da feira surgiu da professora Roseli de Deus Lopes, do Laboratório de Sistemas Integráveis (LSI) da Poli, com o patrocínio principal da empresa Intel. Ela desejava aproximar os estudantes de Ensino Médio e Fundamental do meio acadêmico. Os jovens cientistas, além de exporem seus trabalhos no espaço físico da Universidade, recebendo as visitas de estudantes e professores universitários, também visitaram unidades e museus da USP. Até mesmo caravanas de estudantes de escolas participantes foram à exposição.

A professora acredita que a Febrace também pode estimular o desenvolvimento de outras feiras de ciências pelo Brasil, além de dar um caráter verdadeiramente científico àquelas que são organizadas nas escolas, já que os alunos acabam se familiarizando com vários conceitos acadêmicos nesta feira.

Projetos impressionavam

Foram enviados cerca de 300 projetos, vindos de 12 estados diferentes do país, concorrendo em sete diferentes categorias, que são exatamente as da Fapesp: ciências exatas e da terra, ciências biológicas, ciências da saúde, ciências agrárias, ciências sociais aplicadas, ciências humanas e engenharias. Destes foram selecionados os 93 finalistas, que apresentaram seus projetos em estandes do Galpão de Eventos da Escola Politécnica. Cada projeto contava com no máximo três estudantes e um orientador.

Richard Sassoon, estudante de Engenharia da Poli, impressionado com o engenho dos jovens num projeto, pela forma com que enchiam um dirigível, dos alunos Raphael dos Santos, Rodrigo de Noronha e Tiago Evangelista, do Centro Educacional de Pedreira, SP, disse que parecia um projeto melhor que o dele, na faculdade.

Esse era só um exemplo da criatividade dos jovens. À entrada da feira, já se via o coletor de energia solar montado com material reciclado, de Rodrigo Ortiz Vinholo, do Clube Gávea, SP. O aluno, que diz sempre ter gostado muito de Engenharia, iniciou o projeto na sétima série do Ensino Fundamental.

Na área de ciências humanas, houve projetos como o Arte e Linguagem, de Flávio Borges, Paulo de Oliveira e Wanessa Camargo, do Colégio Estadual Manuel Vilaverde. Vieram de Goiás para mostrar seu processo de recriação de histórias da própria comunidade, auxiliando seus colegas na escola a adquirirem gosto pela leitura e escrita.

Representantes das empresas patrocinadoras, como a Sociedade Americana de Meteorologia, a Kodak, o Centro Paula Souza, a Intel, a Marinha do Brasil, a Yázigi, entre outros, compareceram ao evento, analisando e premiando projetos.

Independentemente de qualquer premiação material, Roseli acredita que a feira superou as expectativas pelo número e qualidade dos projetos. Além disso, percebeu a emoção em cada jovem, por todo o crescimento e incentivo que puderam ter, e pela superação de dificuldades, como o caso de um estudante que veio do Recife só com passagem de ida.

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