São Paulo (AUN - USP) - Desmistificar processos seletivos empresariais, formar um banco de dados com currículos de estudantes e promover palestras e workshops para discutir a inserção de universitários no mercado de trabalho. Esses foram os objetivos da IX Feira de Recrutamento e Carreira, evento recentemente realizado na Faculdade de Economia e Administração (FEA) da USP.
Empresas como Votorantim, Itaú, Nestlé e Bayer participaram com estandes nos quais apresentaram seus valores institucionais e modelos de gestão. Os representantes das corporações deram, ainda, explicações sobre como se inscrever para os processos seletivos de cada empresa e o período em que eles ocorrem.
Neste ano foram cadastrados mais de 1400 currículos que formarão um banco de dados permanente, número superior aos das edições anteriores, cujo recorde encontrava-se em aproximadamente 1200 inscritos. De acordo com os organizadores da feira, o sistema de armazenamento foi reformulado e, a partir de agora, todos os estudantes que cadastraram seus currículos passam a fazer parte de um banco de dados consultado pelas empresas participantes para efetuar contratações. Para Fernanda Petito, uma das responsáveis pelo projeto, o acesso aos currículos dos universitários é um fator ímpar que aproxima mercado de trabalho e estudantes e facilita a interação entre ambos.
A feira também ofereceu palestras e workshops para esclarecer dúvidas sobre a inserção dos estudantes no mercado de trabalho. Através de discussões com profissionais de diferentes áreas, jovens que ainda estavam indecisos sobre a escolha de suas carreiras tiveram contato com especialistas e puderam estruturar melhor seus planos de carreira. Entre os workshops, o destaque ficou por conta dos Working Days. Neles, estudantes participaram de processos seletivos em que os vencedores foram escolhidos para visitar as empresas presentes no evento.
Além disso, houve palestras destinadas à orientação profissional. Bruna Dias, orientadora e psicóloga, comentou os principais desafios dos jovens na hora de começar suas experiências profissionais. Bruna contou que já encontrou pessoas extremamente qualificadas, mas que não conseguiam passar nos processos seletivos que desejavam. Quando realizou a orientação profissional desses indivíduos, descobriu que eram geralmente pessoas que escolhiam a carreira por fatores como quantidade de vagas no mercado e dinheiro, não consideravam aptidão ou planejamento individual. A psicóloga aconselhou optar por carreiras que nos parecem prazerosas e concluiu em tom de brincadeira: “As únicas coisas que podemos escolher na vida são a profissão e o parceiro”.