São Paulo (AUN - USP) - Empreendedorismo é a ação arrojada de uma nova atividade que pode não dar certo. “É nunca desistir de seus sonhos. É primeiro crer e depois ver”. Essa frase do empresário Vladimir Airoldi abriu sua palestra sobre como o empreendedorismo é tratado no Brasil, no XIV Seminário de Iniciação Científica da Faculdade de Odontologia da USP (FOUSP), ocorrido recentemente.
Segundo ele, o empreendedorismo individual requer uma pessoa com confiança em si, que esteja sempre pensando em diferentes alternativas para os problemas e que desejem alcançar credibilidade. Para o palestrante, a principal ação do governo para promover crescimento econômico é incentivar os empreendedores, pois eles agregam valor à sociedade e a estimulam a trabalhar mais, além de transformarem conhecimento em riqueza e idéias em produtos, serviços e negócios.
Tanto no Brasil quanto nos EUA, os empreendedores são os responsáveis pelo surgimento das novas empresas. Porém, no Brasil, das 48 mil empresas que surgem anualmente, 95% morrem antes de completar oito anos. Já nos EUA, a mortalidade é de 80%.
No Brasil e nos outros países em desenvolvimento, há muitas dificuldades para as novas empresas, pois “a sobrevivência vem antes da inovação”. Algumas das barreiras encontradas por esses países são: ausência de exemplos de sucesso a serem seguidos; acesso limitado ao capital inicial; ausência de conhecimento sobre criação de novas empresas e falta de expertise gerencial e de contatos.