ISSN 2359-5191

30/06/2010 - Ano: 43 - Edição Nº: 42 - Educação - Instituto de Psicologia
Manter mau relacionamento afeta mais mulher do que homem

São Paulo (AUN - USP) - Levar adiante um relacionamento amoroso infeliz, mal-sucedido e desgastado não faz bem para ninguém. Mas isso é especialmente mais danoso para as mulheres do que para os homens, de acordo com Ailton Amélio da Silva, especialista em relacionamentos amorosos e professor do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (IP-USP).

“A má relação afeta a saúde física e psicológica da mulher”, afirma o professor. Elas podem ficar ansiosas, estressadas e depressivas e sentir dores pelo corpo. Por isso, são as mulheres que geralmente tomam a iniciativa na hora de discutir a relação e acertar os ponteiros com o parceiro.

Segundo Ailton, essa característica está ligada a raízes biológicas: a mulher investe muito mais na procriação, uma vez que ela leva uma gestação por nove meses e amamenta o filho, o que consome muito tempo. Assim, precisa da ajuda do homem para as outras tarefas até que o filho tenha idade para se virar sozinho, o que cria a necessidade do estabelecimento de um vínculo entre ambos. Logo, se esse vínculo está fragilizado, é a mulher que irá sofrer mais.

Já para os homens, o mais prejudicial é o término do relacionamento – que pode até diminuir a expectativa de vida deles. Isso acontece porque o homem que está em um relacionamento estável vai cortando gradualmente seus outros vínculos ao longo dos anos, e se centrando mais na mulher. Desse modo, quando a separação ocorre, ele sente um vazio por ter perdido sua espécie de porto seguro.

Desapaixonamento
Para aquele vazio não permanecer na vida da pessoa, seja ele homem ou mulher, Ailton diz que é necessário repovoar o cotidiano. “A maior parte da tristeza vem porque a pessoa fica sem programa. Quer sair de fim de semana, mas está acostumado a sair só com aquela pessoa”.

Essa medida está dentro de um processo maior, o de desapaixonamento. Ele ajuda a pessoa a esquecer o ex-parceiro e superar o fim da relação. Além do repovoamento do cotidiano, há ainda três outros passos para realizá-lo com sucesso: aumentar a auto-estima, desidealizar o ex (lembrando de seus defeitos) e liquidar com a esperança de retorno.

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