ISSN 2359-5191

05/07/2010 - Ano: 43 - Edição Nº: 45 - Educação - Instituto de Física
Diretor da Agência USP de Inovação aponta importância de empresa Junior para preparação de estudantes

São Paulo (AUN - USP) - Físico não é sinônimo de acadêmico. Apesar de ser comumente associada à universidade, a figura do físico tem papel relevante no setor produtivo, nas áreas de desenvolvimento de tecnologia. Mas, a universidade prepara adequadamente esse profissional? “Nós não temos capital humano dentro das empresas, temos capital humano dentro da academia”, critica Oswaldo Massambani, diretor da Agência USP de Inovação. Presente ao debate O Papel do Físico em Áreas não Acadêmicas, recentemente realizado no Instituto de Física da USP (Ifusp), Massambani defendeu uma abordagem mais pragmática do currículo, e os estabelecimento de empresas juniores (criadas e geridas por alunos de graduação), como formas de preparar o aluno para atuar em setores produtivos. Segundo disse, “acho da maior importância a empresa Junior. A universidade tem de estimular as juniores como espaços de empreendedorismo e inovação”.

De acordo com Massambani, a exemplo dos Estados Unidos e Europa, o físico pode atuar no setor produtivo, desde áreas ligadas à medicina até no desenvolvimento de softwares. A ausência de profissionais nesses campos, defende, traz sérias conseqüências econômicas: “Somos uma nação que não tem indústria com valor agregado”, aponta, “Temos uma absoluta distância entre a capacidade de gerar conhecimento e a capacidade de gerar riqueza”. Para ele, a Universidade tem por obrigação desenvolver atividades que estimulem a resolução de problemas práticos.

A criação de uma empresa júnior, em andamento no instituto, tem por objetivo, justamente, permitir que o aluno de graduação se embrenhe em atividades práticas mesmo durante a realização do curso. Segundo Paulo Nascimento, aluno da faculdade e um dos articuladores da futura Plasma Jr: “Queremos resolver problemas reais”, afirma.

Para Massambani, a criação de uma empresa Junior representa uma contribuição relevante para a formação de profissionais mais preparados para a resolução de questões práticas: “Eu acho que cada unidade tem de estimular cada vez mais as empresas juniores”.

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