ISSN 2359-5191

13/07/2010 - Ano: 43 - Edição Nº: 50 - Ciência e Tecnologia - Instituto de Pesquisas Energéticas
Pesquisadores desenvolvem terapia para problemas de crescimento

São Paulo (AUN - USP) - Pesquisadores do Centro de Biotecnologia do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen, na USP) desenvolvem técnica de terapia gênica para fins terapêuticos utilizando como modelo o hormônio de crescimento. Eles utilizam um processo diferente do habitual, que é feito através da produção de hormônio sintético, obtidos a partir de células ou bactérias contendo o código genético do hormônio de crescimento, e a injeção no paciente.

A técnica de terapia gênica consiste na modificação de um gene defeituoso ou ausente nas células do corpo responsável, por exemplo, pela síntese do hormônios de crescimento. As células modificadas passam a produzir a essa proteína corretamente. Eles enfrentam, entretanto, alguns problemas. “O complicado disso e controlar a quantidade de hormônio que esta sendo produzido”, afirma o pesquisador Carlos Roberto Jorge Soares, um dos responsáveis pelo estudo com hormônios. E possível utilizar essa técnica de duas formas. Uma primeira e mais simples seria injetando diretamente o DNA modificado nas células dentro do organismo, terapia gênica “in vivo”. Outra consiste em modificar geneticamente “in vitro” células extraídas da pele, cultivar essas células em laboratório, formando uma pele artificial e implantar essa “pele” capaz de produzir a proteína de interesse no animal, terapia “ex-vivo”.

Essas técnicas estão sendo utilizadas em modelos animais, e ainda não são aplicadas a seres humanos. Os animais utilizados para os estudos são linhagens de camundongos com deficiência no crescimento, obtidos em laboratório. “Que eu saiba, não existem camundongos anões na natureza, porque pela seleção natural eles não sobreviveriam”, afirma Carlos. Eles utilizam duas linhagens de camundongos: os little/little, camundongos com deficiência no crescimento, por não produzirem corretamente o hormônios de crescimento; e os little/scid, camundongos que também são imunodeficientes.

Antigamente, porém, na ausência desses animais, “a técnica era outra”, conta o pesquisador. Retirava-se a hipófise – órgão responsável pela produção destes hormônios – de ratos quando eles ainda eram jovens. Assim eles não cresciam mais. “Hoje em dia, não utilizamos mais no nosso laboratório essa técnica trabalhosa e que maltrata muito os animais”, explica.

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