ISSN 2359-5191

13/07/2010 - Ano: 43 - Edição Nº: 50 - Ciência e Tecnologia - Instituto de Pesquisas Energéticas
Pesquisadora de instituto na USP sintetiza um novo polímero

São Paulo (AUN - USP) - Pesquisadora do Centro de Biomateriais do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen, na USP), Olga Zazuko Higa, desenvolve um estudo sobre a síntese de policaprolactona, um polímero. Este é desenvolvido para um parafuso de prótese, para ligamentos, entre outras aplicações. Essa pesquisa está relacionada com o trabalho que realiza em torno de teste de citotoxicidade de materiais para fins médicos.

Através de uma caracterização físico – química e biologia do material, o que inclui a estrutura química, a morfologia (porosidade, formato, arranjo estrutural), as características superficiais e as propriedades mecânicas, pôde-se descobrir que este material pode ser reabsorvível, tornando-o cada vez mais parecido com a hidroxiapatita, componente do osso. Após, o material seria transformado em um parafuso.

Ela desenvolve o estudo em parceria com Fabiana Medeiro da Silva, sua aluna de doutorado. Esta faz parte de uma empresa de avaliação de toxicidade, fazendo testes de hemocompatibilidade para oxigenadores. A diferença entre os estudos é que a aluna desenvolve a pesquisa através de um viés químico.

Tudo isso é desenvolvido para, depois, não haver problemas no processo de implante destes polímeros. Apesar de tanto estudo do material, há questões, além disso, que podem gerar dificuldades médicas. Os resíduos da esterilização podem liberar substâncias tóxicas, que poderiam causar uma reação indesejada no paciente. Além disso, a biocompatibilidade dos materiais pode variar com o tempo, devido, por exemplo, à oxidação. Às vezes, o desenho mecânico não é apropriado ou o processo de implante não foi bem feito.

Os biomateriais, porém, já possuem vantagens por sua composição. Enquanto os materiais sintéticos são acelulares, anidros, isotrópicos, heterogêneos, elásticos e inanimados; os materiais biológicos são celulares, hidrofílicos, anisotrópicos, homogêneos, viscoelásticos e capazes de autorreparação. A policaprolactona não é biológica, mas tem suas características muito próximas, como já dito anteriormente, a componentes do osso humano.

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