São Paulo (AUN - USP) - Os dentistas deixaram, há muito tempo, de ser procurados apenas para fins clínicos. Os consultórios andam cheios de pessoas com bocas saudáveis. Elas buscam algum tipo de tratamento estético, principalmente branqueamento dental. Esse tratamento gera polêmica, pois muitos pacientes reclamam por não terem obtido o resultado esperado. Afinal, quão branco um dente pode ficar? Essa pergunta passa a ter resposta com o novo programa de computador ScanWhite, desenvolvido por pesquisadores brasileiros.
Dois dos principais problemas solucionados pelo software são relacionados à subjetividade que acompanhava o clareamento dental. Até então, os dentistas tinham o trabalho de avaliar o resultado a olho nu, o que pode gerar dúvidas. Além disso, os pacientes também podiam ficar descontentes por não se lembrarem de quão escuro seus dentes eram e imaginar que o tratamento não trouxe resultado.
“Nós criamos uma escala, o ‘tom’, para medir com precisão a intensidade real do clareamento do dente”, disse o professor Osmir Oliveira Júnior, da Unesp de Araraquara, um dos criadores do software, no XIV Seminário de Iniciação Científica da Faculdade de Odontologia da USP (FOUSP).
Ocorreu, segundo ele, uma revolução na maneira de avaliar o clareamento, pois o dentista passa a medir com precisão qual foi a porcentagem de melhora no dente e quantos níveis de cores foram atingidos. “Assim, podemos provar ao paciente que aquela terceira sessão de clareamento que ele quer é desnecessária”, conclui o palestrante.