ISSN 2359-5191

26/07/2010 - Ano: 43 - Edição Nº: 59 - Educação - Instituto de Biociências
Brincadeiras passam conhecimentos fundamentais da Biologia

São Paulo (AUN - USP) - O Ministério do Meio Ambiente lançou a Lista da Flora e Fungos do Brasil, a primeira em cem anos de história do país. Quatro pesquisadores do Instituto de Biociências (IB) da USP participaram do projeto. A lista, on-line, é uma realização que levou dois anos e a colaboração mais de 400 taxonomistas de universidades do país inteiro, em conjunto com o Jardim Botânico do Rio de Janeiro, órgão do Ministério do Meio Ambiente. Após ser revisada, deverá ser publicada na versão impressa em setembro deste ano. Esta é apenas uma parte do objetivo global da Convenção sobre a Diversidade Biológica, da qual o Brasil faz parte. A partir das listas amplamente acessíveis de cada país, o próximo passo é elaborar estratégias globais para a conservação de plantas.

Os professores do IB Lúcia Lohmann e José Pirani integraram o Comitê Organizador, responsável por estabelecer protocolos para a produção da lista, além de revisar a lista de uma família taxonômica específica, trabalho também dos pesquisadores Renato de Mello-Silva e Paulo Takeo Sano. A intenção é atualizar a lista periodicamente com novas descobertas. A lista será usada por muitos pesquisadores e é acessível a toda sociedade; é base para um leque amplo de pesquisas e para a realização de novos projetos e produtos naturais.

“A elaboração dessa lista é sonho dos botânicos há muito tempo”, diz Lohmann. Há 104 anos, para ser mais exato. A Flora Brasiliensis, produzida por Carl Friedrich Philipp von Martius, August Wilhelm Eichler e Ignatz Urban entre 1840 e 1906, era a última lista que abrangia o território nacional. “Até a elaboração desta lista, não tínhamos uma completa e atualizada do Brasil há muito tempo”, diz Lúcia. Em setembro de 2008, uma reunião deu início a realização desse sonho. Agora, a compilação contém 94.135 táxons - espécies e subespécies, com nomes e sinônimos, dos quais 40.984 são espécies aceitas da flora brasileira, quase o dobro da lista de um século atrás. Não só espécies do reino vegetal foram incluídas; fungos e algas também foram descritas. Apesar de a maior parte ser de espécies nacionais, há algumas que se espalham pela América Latina inteira.

A primeira etapa do projeto foi a integração das listas já existentes, mas espalhadas por universidades de todo o país. Para Lúcia, essa colaboração nacional é inédita e inovadora. Essas listas migraram para o sistema do CRIA – Centro de Referência em Informação Ambienal, que armazena esse banco de dados. Depois, as espécies foram agrupadas por famílias e distribuídas para serem revisadas por especialistas, inclusive estrangeiros. “Para alguns grupos, não há especialistas no Brasil”, lamenta Lohmann.

Além das descrições de espécies, também há informações sobre os domínios fitogeográficos. Foram ordenadas segundo classificação das vegetações brasileiras, disponibilizada pelo IBGE.

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