São Paulo (AUN - USP) - O Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas-IAG/USP, preocupado com os problemas ambientais que degradam cada vez mais o ecossistema, investiu numa iniciativa pioneira a nível do país, apostando na criação de um laboratório designado de Centro de Estudos de Clima e Ambiente Sustentáveis-Cecas. O laboratório terá como função estudar as mudanças climáticas, mensurar a poluição ambiental, propondo estruturas adequadas para a redução dos níveis de poluição e mitigação de seus efeitos devastadores.
De acordo com a professora Maria Fátima, uma das responsáveis pela implantação do Cecas, “Ainda neste semestre, as obras físicas de construção do prédio para abrigar o laboratório, terão início ainda este ano, prevendo-se a sua conclusão dentro de dois anos”, disse.
O funcionamento do laboratório permitirá realizar testes de tecnologias alternativas que se mostrem viável para o uso racional de energia, bem como o reforço didático-acadêmico de estudantes, professores e pesquisadores do IAG e de outras unidades da USP que, direta ou indiretamente desenvolvem estudos em áreas afins. “Algumas disciplinas que a gente sente falta e que, por exemplo, abarcariam estritamente conceitos ligados a atmosfera e clima, poderiam ser mais facilmente assimiladas por outras áreas que trabalham em sentido amplo, como mudanças climáticas. Dessa forma poderão se unir com novas disciplinas que surgirão a partir da criação deste laboratório, através de ambientes específicos”, considerou a professora.
Através de uma rede multidisciplinar que mobilizará professores e pesquisadores de várias áreas ligadas às ciências exatas e humanas que privilegiam o estudo da temática ambiental, o Cecas levará a cabo estudos inéditos na área para que, o Brasil se insira firmemente no grupo de países e instituições que desenvolvem programas que visam a atenuação dos problemas climáticos. De certa forma põem em risco o ecossistema e ameaçam todas as formas de vida na terra, inclusive a humana, que depende da interação conjunta do ecossistema para a sua sobrevivência.
Segundo a professora Maria de Fátima, o laboratório terá uma política de socialização de estudos e pesquisas que buscará em outras etapas, colaborações com diversas entidades nacionais interessadas no assunto, bem com instituições internacionais que atualmente são referências a nível mundial.