São Paulo (AUN - USP) - Os nanocristais irão viabilizar a construção de computadores quânticos, que fazem milhares de operações ao mesmo tempo, além de já serem utilizados em lasers e LEDs. Além do alto desempenho, o uso de nanocristais pode gastar menos energia, pois eles são dispositivos eletrônicos mais precisos.
Formados basicamente pelo depósito de materiais metálicos sobre uma base também metálica em escala nanométrica (um milionésimo de milímetro), os nanocristais são também conhecidos como pontos quânticos. Olhadas ao microscópio apropriado, as placas de nanocristais têm o aspecto de um relevo montanhoso, onde cada montanha é um ponto quântico, que aloca um elétron (partícula elétrica de um átomo). Graças à essa característica, os nanocristais possibilitam maior precisão: eles permitem a manipulação de cada elétron individualmente.
Segundo Féliz Hernandez, pesquisador do Instituto de Física da USP, em laboratório já é posssível manipular um elétron no ponto quântico, o que já é um primeiro passo para o computador quântico. "No futuro esses computadores poderão analisar milhões de entradas de um banco de dados simultaneamente, ou criptografar informações de segurança quase instantaneamente".