São Paulo (AUN - USP) - Testes com finalidade de avaliação da biocompatibilidade dos materiais com os tecidos do corpo humano são realizados pela pesquisadora Olga Zazuko Higa, no Centro de Biotecnologia, situado Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen, na USP).
Os testes podem ser de citotoxicidade, genotoxicidade e hemocompatibilidade. A pesquisadora é especializada no primeiro, com testes in vitro, que constituem a primeira etapa na seleção de materiais. Para tal, ela montou um laboratório de cultura celular, onde ela coloca em contato extratos dos materiais com células para observar a reação destas últimas. Assim, ela avalia o dano celular pela morfologia, determina os dano, crescimento e aspectos do metabolismo celulares. Esse estudo é base para a medicina: "Até chegar aos humanos, tem um logo caminho, aqui é só o inicial", explica.
Biomateriais são compostos utilizados para aumentar ou substituir algum tecido ou órgão do corpo. É um material utilizado em um dispositivo médico com intenção de interagir com sistemas biológicos. Eles podem ser cerâmicos, metálicos, polímeros ou uma mistura dos três compostos. Com esses materiais, Olga faz um teste de biocompatibilidade – capacidade de um material induzir uma resposta apropriada do hospedeiro em uma aplicação específica.
As aplicações de biomateriais podem ser como órgão artificial, implante, dispositivo médico e prótese. O primeiro é um dispositivo que substitui a função de um dos órgãos do corpo. O implante é inserido dentro do corpo, abaixo da superfície epitelial, para fins médicos. O terceiro, sendo um instrumento planejado para acessório em diagnósticos ou na cura, alívio tratamento ou prevenção de doença humana. O último substitui um membro, órgão ou tecido do corpo. Eles são utilizados em cardiologia, ortopedia, terapia renal, oftalmologia, otorrinolaringologia, entre outros.