ISSN 2359-5191

16/09/2010 - Ano: 43 - Edição Nº: 75 - Educação - Escola Politécnica
USP e Anglo-American produzem primeiro curso de gestão de risco em mineração do Brasil

São Paulo (AUN - USP) - A Escola Politécnica (Poli-USP) ministra, em conjunto com a mineradora Anglo-American, o primeiro curso de gerenciamento de risco em mineração do Brasil. No seu encerramento, em novembro, ele terá formado 25 turmas e mais de 600 pessoas A Mineradora fez um investimento milionário em conjunto com a Poli para adaptar o curso às especificidades do mercado brasileiro, que já foi visto na Austrália, África do Sul e Inglaterra. A faculdade em troca terá o direito de disponibilizar o curso para as mineradoras nacionais interessadas. Um projeto para adaptá-lo a pequenas e médias empresas também está em andamento.

A Poli realiza apenas uma pequena parte de um grande programa global feito pela Anglo-American, que pretende mudar totalmente a mentalidade e a forma como a empresa lida com segurança. O seu objetivo é reduzir o número de acidentes fatais a zero em todos os seus empreendimentos, que juntos tem mais de 100.000 funcionários. É comprovado que as empresas mais preocupadas com segurança, além de melhorarem a sua imagem, ainda têm suas ações valorizadas. O programa começou com dois dias de aulas para todos os diretores da empresa ao redor do mundo. A segunda parte é o curso, ministrado pela Poli no Brasil, aos gerentes. Depois haverá mais duas partes: uma dedicada aos supervisores e outra de meio dia dada a todos os mineiros da empresa ao redor do mundo.

O curso de gerenciamento de risco foi feito inicialmente pela universidade de Queensland na Austrália. No Brasil a empresa escolheu a USP para adaptar e lecioná-lo, em troca ela poderá administrar o curso para mineradoras brasileiras de todos os tipos, desde as grandes até pequenas. A faculdade será a pioneira na aplicação desse tipo de curso no Brasil. O professor da Faculdade de Minas e Petróleo da Poli, Sérgio Médice de Eston, coordenador do curso, conta que a legislação em vigor, NR 22 (Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração) é muito boa e protege bem o trabalhador, porém a fiscalização nem sempre é feita e a situação das minas é variada, indo desde empreendimentos preocupados com o bem estar do trabalhador e do meio ambiente até garimpos a céu aberto.

Ele também diz que apenas o cumprimento das regras não é suficiente para reduzir em 100% o risco de acidentes, o gerenciamento de risco complementa as leis, pois dá subsídios para pensar a segurança separadamente, em uma profissão reconhecida pelo risco que apresenta, tanto de acidentes, quanto à saúde dos trabalhadores em longo prazo. Segundo o professor a função dessa área é pensar o impossível e avaliar todas as possibilidades por mais remotas que elas sejam.

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