São Paulo (AUN - USP) - Um projeto de extensão, coordenado pela professora Henriette Morati oferece assistência psicológica à Febem Tatuapé e Raposo Tavares. A assistência psicológica não é oferecida somente aos adolescentes detidos nas unidades, mas também a todos os atores sociais da Febem: os monitores, técnicos, agentes de educação e diretores.
O trabalho com menores da professora Henriette Morati iniciou-se em 1990 em conjunto com a hoje extinta Secretaria do Menor, na época, os meninos de rua eram atendidos em conjunto com educadores em programas de Casas Abertas, programa que visava estabelecer um relacionamento inicial entre o educador e as crianças de rua. Em 2000, surgiu a idéia de se trabalhar nos centros de recuperação juvenil que continua até hoje. O projeto é financiado atualmente pela Pró-reitoria de cultura e extensão através do Fundo de cultura e extensão universitária.
O trabalho dos psicólogos nas unidades é distinto com cada um dos atores sociais da Febem, com os agentes da educação, há supervisão de apoio psicológico e discussão do trabalho. Com os jovens e funcionários de pátio, os profissionais oferecem plantão psicológico em determinados dias. A aluna Sashenka Meza Mosqueira, integrante do projeto, afirma que os que procuram o plantão geralmente saem satisfeitas. Ela dá um exemplo de um adolescente atendido por ela na Febem que a procurou posteriormente no campus da USP para levar um amigo seu que poderia estar entrando num “caminho errado”.
Sashenka ainda diz que trabalhar no projeto é uma experiência enriquecedora, pois o aluno de Psicologia depara com a prática e aprende de fato a exercer sua profissão. Nesse ponto a professora Morati enfatiza que o que todos fazem não é mero assistencialismo, pois os integrantes do projeto são pagos ainda que simbolicamente através das bolsas que recebem da Pró-reitoria. “Procuro valorizar o trabalho deles, senão estaria fazendo mero assistencialismo” afirma a professora. Além deste projeto, a professora ainda coordena o atendimento ao Departamento Jurídico da São Francisco, o DJ, e também alguns batalhões da polícia.