ISSN 2359-5191

05/10/2010 - Ano: 43 - Edição Nº: 83 - Educação - Escola Politécnica
USP passará a formar doutores no Japão

São Paulo (AUN - USP) - Um evento celebrou a renovação do programa de intercambio de estudantes de todas as áreas e graduações, que vem produzindo doutores há quase 20 anos, e homenageou, com um doutorado honoris causa, o criador do convênio, professor Tachibana, complementando outro evento ocorrido na noite anterior no prédio da reitoria. Na tarde do dia 17 de setembro, foi realizado, na Escola Politécnica (Poli-USP), o seminário de cooperação entre a Universidade de São Paulo (USP) e A Universidade Nacional de Yokohama (YNU) do Japão.

O convênio entre as universidades já levou 80 estudantes da USP para fazerem seus estudos no Japão. E continua levando, com oito estudantes na universidade atualmente. Ele já formou 60 doutores em engenharia, muitos dos quais são professores da USP. Esses números podem parecer insignificantes, mas se levarmos em conta que a nação possui apenas 10.700 doutores nessa área, um número muito menor por habitantes que os países desenvolvidos, e que no atual momento o país está extremante carente de profissionais de pesquisa, um simples convênio pode ser muito importante.

Segundo diretor da Poli Prof. Dr. José Roberto Cardoso o Brasil, mesmo construindo navios, aviões e praticamente qualquer produto existente, não consegue desenvolver esses produtos, simplesmente reproduz tecnologias existentes. A situação do nosso país é crítica nessa área. Ele passa por um ciclo de crescimento econômico que precisa ser complementado por um aumento da produção e desenvolvimento de novas tecnologias. As faculdades de engenharia não conseguem suprir o mercado de trabalho, o que eleva o salário e proporciona melhores condições de trabalho. E faz com que um número ainda menor de estudantes se interesse pela área acadêmica.

A cerimônia, que contou com a participação do reitor da YNU Kunio Suzuki, do chefe do departamento de engenharia Osamu Ishihara e do vice-cônsul japonês Yusuke Takahashi, teve início com o ato simbólico de plantar dois Ipês e uma Sakura (nome japonês para a cerejeira ornamental) que simbolizam a cooperação entre as universidades e o desejo para que esse laço se estreite e gere frutos para ambas as partes. É uma cena diferente, ver vários senhores idosos, de terno com uma enxada na mão, plantando uma árvore. Após essas preliminares, os convidados e palestrantes se dirigiram ao auditório onde foi realizada uma apresentação da YNU e da Poli, palestras de dois professores da universidade japonesa e, depois, o professor Tachibana recebeu homenagens de ambas as faculdades.

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