São Paulo (AUN - USP) - A Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, em parceria com a Escola Politécnica, apresentou o Programa de Dupla Formação FAU – Poli para os alunos da graduação em palestra apresentada na última terça-feira (26). O evento, coordenado pela professora da graduação da FAU Cláudia de Andrade Oliveira, procura complementar a formação curricular dos alunos, e é voltado especialmente para os alunos de Arquitetura e Engenharia Civil.

Na apresentação, foi exibido o foco que é dado no curso de Engenharia para estudantes de Arquitetura e Urbanismo: construção civil, estruturas, transportes e hidráulicas são alguns dos temas de estudo. “As duas primeiras áreas estão voltadas para os arquitetos que desejam trabalhar principalmente com edificações; as duas últimas procuram agregar os alunos que trabalharão com planejamento urbano”, conta Cláudia.

Os estudantes de Arquitetura que procuram a dupla formação na Poli podem atuar profissionalmente em áreas como ciências da engenharia, meio ambiente, processos construtivos, logística e gestão de projetos, de empreendimentos e de obras. A professora explica que a pretensão do programa é a de que o aluno de uma unidade frequente a escola complementar por dois anos para os estudos extras e que, além de agregar o conhecimento aprendido à sua carreira, possa influenciar a unidade visitada com conhecimentos de outras áreas e sob novos ângulos.

Um dos motivos para a existência do projeto, segundo a professora, é a falta de relevância curricular nas disciplinas optativas feitas durante o processo de graduação. “Essas disciplinas podem agregar conhecimento, mas não dão nenhuma atribuição formal aos estudantes”. Além disso, a palestrante ressalta a importância do intercâmbio entre faculdades pela vivência em ambientes diferenciados e pela adaptação a outras formas de atividade durante o período de formação.

A Escola Politécnica e a FAU, dissociadas há pouco mais de 50 anos – quando o curso de Arquitetura buscou autonomia –, veem na junção das graduações, a necessidade de um salto qualitativo na formação dos profissionais de Engenharia e Arquitetura. “Precisamos expandir os limites de cada curso. O aluno pode até desistir do curso complementar e retornar para a unidade de origem, mas caso procure seguir a segunda formação, há um tempo total de até 12 anos e meio para completar a graduação”, explica Cláudia.

O programa formou sua primeira turma em 2006. Alguns dos alunos já formados estavam presentes no evento e ressaltaram a importância da formação dupla para sua atuação como melhores profissionais. Mais do que isso, o conhecimento adquirido em outra unidade da USP mostrou aos arquitetos e engenheiros que o conceito de universidade pode ser mais presente e ativo no campus de São Paulo.