São Paulo (AUN - USP) - O primeiro parque tecnológico do país será construído dentro do Ipen (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares), na USP. O projeto, orçado em R$2,6 milhões de reais, será financiado pela Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) e pelo governo estadual.
A idéia da construção de um parque tecnológico é produto de um movimento no meio acadêmico que achava necessário que houvesse um apoio mais eficaz do conhecimento científico gerado pela universidade para a criação de empresas focadas na área de tecnologia.
Há cinco anos, na forma de um convênio entre a Secretaria da Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo, o Sebrae, a USP, o Ipen e o IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), foi criado o Cietec (Centro Incubador de Empresas Tecnológicas). Esse centro, que começou abrigando sete empresas e hoje conta com cerca de 100, tem como objetivo alojar, fornecendo infra-estrutura, assessoria jurídica, de captação de recursos e de marketing, além de auxílio tecnológico, empresas que queiram desenvolver produtos que se utilizem de tecnologias novas e empreendedoras. Essas empresas ficam incubadas por cerca de três anos, até que estejam aptas a enfrentar o mercado.
A expansão vigorosa e o sucesso conseguido pelo Cietec levaram ao desenvolvimento de um projeto para a criação de um parque tecnológico na USP, que funcionará como um condomínio empresarial abrigando projetos de tecnologia em estágio avançado. Os primeiros contatos com as empresas interessadas em fazerem parte do parque tecnológico já começaram, mas ainda não se chegou a resultados definitivos.
A interação entre a universidade e o parque acontecerá através das pesquisas desenvolvidas pelos docentes e alunos, e da assessoria tecnológica fornecida por pesquisadores. Segundo o superintendente do Ipen, Cláudio Rodrigues, o parque tecnológico ajudará a transformar o conhecimento científico produzido na universidade em riqueza nacional.
Rodrigues também acredita que a construção de um parque tecnológico em São Paulo ajudará a mudar a vocação da cidade, hoje essencialmente fabril, para a de produtora de alta tecnologia.
A construção do parque tecnológico deve começar quando a verba, que já foi aprovada, for liberada. As obras devem durar cerca de um ano.