São Paulo (AUN - USP) - Entre os dias 8 e 19 de novembro, a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP realiza a ExpoFAU, atividade que agrupa debates, atos, oficinas, festas e mostras que ocupam todo o prédio. A atividade é promovida pelo grêmio da faculdade, o GFAU, e tinha acontecido pela última vez em 2006.
Luiza Strauss, Clarissa Lorencette e Taís de Moraes, estudantes de Arquitetura da FAU e colaboradoras na organização do evento, ressaltam a importância de realizar a exposição: “Nosso objetivo ao promover a ExpoFAU é criar um espaço de diversidade coletiva da produção individual, criando situações que transformem o cotidiano reunindo as pessoas e propondo um aprendizado a elas”, dizem.
As manifestações artísticas estão espalhadas por todo o prédio da FAU. As intervenções, comuns no edifício desde a década de 1970, deixam o espaço aberto para experimentações. “O que propomos não é entretenimento. Queremos construir um espaço de discussão e reunião”, afirma Luiza. Segundo as estudantes, a programação montada quer mostrar que a arte não está em um pedestal, e que pode ser feita por todos os que se interessarem.
A exposição também se compromete a ocupar espaços da FAU que ficam vazios durante o ano, sem nenhuma intervenção. “O espaço do edifício pede uma produção coletiva, grande”, diz Luiza. Segundo a estudante, são esses trabalhos e a promoção dessas atividades que mantêm o prédio vivo. A aluna Taís também alega que o aumento da produção dos estudantes por meio das oficinas estimula a criatividade e a capacidade de articulação.
Já as oficinas são as maiores responsáveis pela disseminação de conhecimento. Há dias para confecção de bonecos, móveis, xilogravuras, para pinturas e desenhos e para dança. “Há até uma oficina promovida por uma ex-aluna da FAU, que se voluntariou para dar uma oficina”, complementa Clarissa. Segundo as aulas, as oficinas têm como objetivo “propor o que aprender”.
As alunas ainda se utilizam da ExpoFAU como manifestação contra possíveis obras de restauro na FAU, que incluiriam a pintura das paredes do prédio, repletas de intervenções artísticas que sobreviveram por décadas na faculdade. “Há a possibilidade de apagarem as pinturas que temos nos espaços de trabalho dos alunos, mas não consideramos isso uma limpeza. As intervenções que temos preservam a FAU e mantém o prédio vivo, caracterizado”, afirma Luiza.
Mais detalhes sobre a ExpoFAU podem ser consultadas no site www.expofau2010.blogspot.com.