São Paulo (AUN - USP) - O programa de coleta seletiva de lixo no Instituto de Biociências da USP vem sendo fomentado há alguns meses. A meta é instalar conjuntos de cinco lixeiras, com cores padronizadas para cada tipo de material que será reciclado, em pontos estratégicos da unidade.
As lixeiras seguem especificações do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente), que estabelece em sua resolução 275, de 25 de abril de 2001, "o código de cores para os diferentes tipos de resíduos, a ser adotado na identificação de coletores e transportadores, bem como nas campanhas informativas para a coleta seletiva". As cores são azul, para papel e papelão; vermelho, para plástico; verde, para vidro; amarelo, para metal; e cinza, para resíduos orgânicos ou não-recicláveis.
Segundo Barbara James, pesquisadora e autora do livro "Lixo e Reciclagem", a quantidade de lixo produzida por dia na Grande São Paulo é de 12 mil toneladas. Cerca de 59% desse refugo vai para aterros sanitários ao invés de ser reaproveitado. Lá, a decomposição do lixo produz gases tóxicos que podem causar transtornos como o infame caso do Conjunto Residencial Barão de Mauá, localizado no Parque São Vicente, em Mauá. Em agosto de 2001, o condomínio foi abandonado devido à presença de substâncias tóxicas como o benzeno, o trimetil-benzeno e o clorobenzeno, todas derivadas de lixo decomposto.
Os locais onde estão as lixeiras passaram por uma contagem experimental de lixo para avaliar seu volume, e foram considerados críticos. Os coordenadores do programa, Mayra Santaella, Tatiana Trevisan e Fernando Miyazawa, trabalharão em conjunto com o USP Recicla e a Usina de Triagem da Prefeitura de São Paulo para que o lixo seja reutilizado.
Os coordenadores alertam que dentro dos prédios do IB a coleta já existe, e que ela será inserida no programa. Para impedir que as lixeiras fiquem sobrecarregadas, os alunos interessados em trazer lixo de casa devem procurar Santaella ou Trevisan para se cadastrarem. As áreas críticas, segundo os coordenadores são: a entrada do departamento de botânica e biologia, a entrada do centro didático, o restaurante, o prédio da administração e o departamento de zoologia, ecologia e fisiologia.