ISSN 2359-5191

16/05/2011 - Ano: 44 - Edição Nº: 27 - Saúde - Escola de Educação Física e Esporte
O fitness além das academias de ginástica

São Paulo (AUN - USP) - Seja em busca de qualidade de vida, por questões estéticas ou de saúde, o brasileiro recorre às academias intensamente. De acordo com o Conselho Regional de Educação Física (Cref), o Brasil apresenta o segundo maior mercado de fitness do mundo. Tendo em vista esse e outros dados, a I Feira de Esporte e Carreira (FEC) realizou uma mesa redonda sobre Os novos caminhos do fitness.

Mediada pelo aluno Luiz Gustavo Berkhout, a discussão reuniu os professores Mauro Guiselini, Cibele Silva e Jairo Diógenes. Assuntos diversos sobre o tema, como a influência das novas tecnologias no desenvolvimento das academias ou a formação do profissional do fitness, foram pautas do debate na Escola de Educação Física e Esporte da USP (EEFE).

“Antes eu não via as pessoas confiando em mim [como personal trainer]. Nós estamos começando a ser respeitados, inclusive na área médica”, começa Cibele. Segundo a professora, um dos principais avanços da área foi a mudança do olhar da sociedade sobre o profissional do fitness. Se antes o personal era secundário na área da saúde, hoje ele trabalha em conjunto com a medicina.

“Nós somos ‘cuidadores’. Não somos treinadores, nem instrutores”, reitera Guiselini. O professor afirma que o personal trainer continua sendo educador, mas conquistou a credibilidade de um profissional da saúde. Sendo assim, ”ele tem que assumir esse papel: ter uma postura, conhecimento e atitude como tal. Saber explicar cientificamente o que está fazendo”.

Como se preparar
As exigências sobre um profissional do fitness estão cada vez maiores e uma das discussões propostas na mesa redonda foi “como se preparar para esse mercado?”. De acordo com os professores, há uma enorme dificuldade para encontrar profissionais qualificados para a área. Por um lado, “é um ramo desvalorizado pelos estudantes de educação física”, conta Cibele. Por outro, existe uma saturação de cursos mal estruturados sobre a área.

Para a professora, a maioria dos cursos de educação física é mal estruturada e mercadológica, de modo que muitos dos profissionais atuantes no mercado não sabem direito a importância do seu trabalho. “A faculdade de educação física é uma máquina de dinheiro. Em qualquer esquina tem uma. Temos que ter a consciência de que trabalhamos com gente, não com mercadoria”, diz Cibele.

Os debatedores afirmam que existem muitos personais que ainda não consideram o fitness um meio científico de cuidar da saúde física e mental de seus alunos. Segundo os professores, são profissionais que apresentam uma visão antiga sobre os exercícios físicos e que estão sendo cada vez mais repudiados no mercado. “Não precisa fazer faculdade de educação física para botar música alta e gravar uma coreografia”, brinca Guiselini.

“Vivenciar as modalidades ajuda muito. O estágio, as aulas práticas colaboram muito na sua formação. Vai muito da procura de cada um, a vontade de fazer, de experimentar”, aconselha Jairo Diógenes. De acordo com ele, a prática é essencial para a formação do profissional do fitness, desde que ocorra a aplicação do que foi estudado na faculdade e do que é pesquisado sobre a área.

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