São Paulo (AUN - USP) - “Trazer para a vida dos jovens a noção de que a Economia está presente em muitas das coisas que fazem, afetando seu dia-a-dia”. A frase do professor Antonio Carlos Campino é o que melhor explica os objetivos do Prêmio Econoteen, criado em 2007 por ele, e que agora chega à sua quinta edição. Voltado para jovens que cursam o 2º e o 3º ano do ensino médio nas escolas públicas de São Paulo, o concurso premiará em 2011 ensaios a respeito do tema Como você vê a realização da Copa e das Olimpíadas no Brasil e quais as razões para sua posição?.
Organizado pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA-USP), em parceria com o Conselho Regional de Economia (Corecon) e a Tática Asset Management, o Econoteen dará premiações em dinheiro às cinco melhores dissertações enviadas pelos alunos. De maneira meritocrática, procura-se assim aproximar os alunos da rede pública de ensino da Universidade de São Paulo. “É importante mostrar que não é fácil, mas é possível chegar até aqui”, explica Nara Nami Venarusso, aluna do curso de economia e participante da comissão organizadora da competição.
Quando questionado sobre a restrição do prêmio a apenas escolas públicas, o professor Campino conta que em edições anteriores a disputa também era aberta aos oriundos de colégios particulares, que acabavam dominando os primeiros lugares. “O foco do programa não é simplesmente premiar bons trabalhos, mas sim devolver algo à sociedade, pensando que a USP é uma universidade pública, e fazemos isso na forma de levar conhecimentos novos aos alunos do ensino médio da rede pública, que costumam não ter contato com a universidade”, explica o acadêmico.
Outra alteração interessante da edição de 2011 é o adiantamento das datas de entrega dos trabalhos – para agosto – e também da divulgação dos resultados finais – entre o final de setembro e o começo de outubro. Isso acontece porque, de acordo com Campino, no ano anterior, muitos estudantes se inscreviam para participar (350 em 2010), mas poucos de fato entregavam os trabalhos finais (foram por volta de 40 no ano passado), devido a razões como a chegada do fim do ano letivo e a crescente pressão com o vestibular. Nos anos anteriores, como forma de sanar isso, também se abriu espaço para os alunos do 2º colegial, “até para que, de alguma maneira, eles se entusiasmem com economia, e, no ano seguinte, possa pensar no vestibular e nessa carreira”.