ISSN 2359-5191

03/10/2003 - Ano: 36 - Edição Nº: 17 - Educação - Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas
Observatório de Astronomia será novo cartão postal da USP

São Paulo (AUN - USP) - Praça do Relógio, Museu de Arte Contemporânea – esses são alguns dos locais mais emblemáticos da Universidade de São Paulo. E vem aí um inusitado cartão postal no campus, um observatório que está sendo montado no Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG).

Um de seus usos mais importantes será o treinamento de futuros astrônomos. Os alunos do Instituto de Física que escolherem fazer habilitação em Astronomia e alunos de pós-graduação terão a oportunidade de utilizar o observatório. Ele contará com instrumentação para a observação do sol e noturna. Também será aproveitado para divulgação científica, um atendimento ao público que o IAG já faz, é o que diz o professor Enos Picazzio, um dos coordenadores do projeto.

A instrumentação solar é o celostato, um espelho que reflete a luz do sol em outro espelho que, por sua vez, aumenta a imagem. Já para observação noturna, a cúpula abrigará um telescópio Celestron, com espelho de 37 cm de diâmetro. “Embora de tamanho modesto, com ele poderemos fotografar astros 25 mil vezes mais fracos do que os que se podem ver a olho nu”, explica o professor Augusto Damineli, coordenador dos equipamentos do observatório. Apesar da poluição luminosa de São Paulo, há técnicas que permitem subtrair a luz de fundo de céu – são câmaras CCD (um tipo de câmara digital) com filtros específicos que podem cortar o excesso de luz da cidade. “Podemos fazer o céu de São Paulo voltar a ser quase tão escuro quanto era há 50 anos atrás”, mas uma outra dificuldade da observação celeste no Brasil, que não tem solução, é a falta de transparência do céu. “O que mais vai atrapalhar serão as nuvens, que na verdade é o principal limite (de observação) na maior parte do Brasil, especialmente na costa Atlântica”, completa Damineli. Apesar disso, o professor afirma que o observatório atenderá bem ao seu propósito.

Embaixo da cúpula há a sala de controle do telescópio. A partir dela, é possível acionar comandos, como sua abertura e a realização de imagens. Estas serão distribuídas por rede num projetor de multimídia na própria sala para melhor visualização.

A cúpula do telescópio, que está no topo do prédio do IAG, já está praticamente pronta. Quem estiver num ponto alto da rua do Matão, atrás do Instituto de Física, já pode vê-la. Quando tudo estiver pronto, a idéia é colocar uma iluminação vertical, assim ela poderá ser facilmente visualizada no campus. Os professores esperam que o observatório esteja em funcionamento no início do próximo semestre letivo, em fevereiro de 2004.

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