ISSN 2359-5191

06/07/2011 - Ano: 44 - Edição Nº: 63 - Sociedade - Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade
Núcleo Decide discute o processo de decisão da televisão digital brasileira

São Paulo (AUN - USP) - O núcleo Decide, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP, trouxe para discussão em um seminário o tema do processo decisório da televisão digital brasileira. O palestrante convidado foi Renato Cruz, jornalista do Estado de São Paulo, que lida com as áreas de teconologia e telecomunicações.

O núcleo Decide
O grupo de estudos é formado por professores, alunos e egressos da FEA, e trabalha com estudos sobre decisões organizacionais. O núcleo, coordenado pelo professor Abraham Sin Oih Yu, desenvolve pesquisas envolvendo conceitos e técnicas que mesclam psicologa cognitiva, poder e política, modelos matemáticos, codificação de preferências e teoria da probabilidade.

A TV digital
Renato Cruz começou falando do processo decisório da TV digital, os seus principais atores e a nota TV. Segundo ele, alguns atributos são característicos da televisão contemporânea, como a alta definição – as imagens são seis vezes melhores que na TV analógica, ou seja, um número seis vezes maior de pontos compõe a imagem – e a mobilidade, para que aparelhos móveis possam receber sinal de televisão.

O processo
De acordo com Cruz, no Brasil a questão da mobilidade foi muito defendida, o que foi um dos motivos para que no final o sistema japonês, mais novo e mais preparado para essa opção, fosse escolhido como modelo. O sinal para celular é transmitido de dentro do próprio canal de TV, possibilitando maior controle. “Os radiodifusores temiam que se a transmissão não fosse no próprio canal, esse canal fosse parar nas mãos das empresas de telecomunicações”, explica Cruz.

O poder de influência das emissoras
Cruz diz que a preocupação maior das emissoras era de que o modelo de negócios não mudasse, e elas tinham voz no poder político contra as empresas de telecomunicações para garantir essa estabilidade. “A audiência da radiodifusão é um ativo poderoso na relação com o governo, e seus interesses estão muito bem representados. O poder político regional em várias cidades está muito ligado aos veículos locais. Não só por pressionar por causa da audiência, mas muitas vezes eles são o próprio governo.”

Os outros atores do processo
Além dos radiodifusores e das empresas de telecomunicações, também estiveram presentes na decisão a academia e a indústria, embora com menor participação. O middleware (programa de computador que faz a mediação entre software e demais aplicações) de interatividade da televisão digital brasileira, o Ginga, foi desenvolvido pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e pela Pontifícia Universidade do Rio de Janeiro (PUC-Rio). A indústria, no entanto, de acordo com Cruz, teve pouca participação, ao contrário dos processos em outros países como Estados Unidos.

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