ISSN 2359-5191

13/07/2011 - Ano: 44 - Edição Nº: 68 - Educação - Escola de Educação Física e Esporte
A construção do senso comum versus o profissional da educação física

São Paulo (AUN - USP) - “A mulherada quer ficar igual à mulher da vez das novelas. Quem é a mulher da vez?”, indaga o professor Jairo Diógenes, coordenador do Levitas – um centro de fisiofitness (método de fisioterapia) e estética. A influência da mídia na sociedade perturba uma série de profissionais e não passa despercebida também no ramo da educação física e do esporte.

Cibele Silva, formada na Escola de Educação Física e Esporte da USP (EEFE), reflete que “a mídia leva as pessoas para a academia, sim. Mas, muitas coisas são muito falsas. As academias que mostram na novela não apresentam o professor do jeito que ele é na realidade. A mídia dá uma forçada de barra na nossa profissão.” De acordo com Cibele, os meios de comunicação acabam passando uma imagem deturpada e até mesmo fútil do profissional da educação física. Isso não só atrapalha o funcionamento da profissão, como também a relação desses profissionais com seus clientes, uma vez que se espera por um serviço mais ligado à imagem da mídia do que à realidade.

Em contrapartida, Cibele lembra que essa relação entre mídia e educação física vem melhorando: “Esse novo programa do Fantástico [em que os apresentadores devem mudar seus hábitos alimentares e de saúde], por outro lado, está super legal. Eles estão colocando o profissional da educação física lá no topo”.

Qualidade de vida?
Além dos estereótipos ligados ao fitness, os meios de comunicação aliados à publicidade contribuem para uma compreensão errada do termo “qualidade de vida”. Para a professora da EEFE, Ana Lúcia Padrão, esse termo pode ser encarado como “o senso de bem estar e da satisfação ou insatisfação em áreas da vida que são importantes para um indivíduo”.

Entretanto, “qualidade de vida é um termo muito amplo no senso comum”, observa a docente. Torna-se complicado, para as pessoas mais leigas sobre o assunto, considerar as definições mais precisas e corretas, tendo em vista que a mídia transformou o termo em algo que está na moda. Qualidade de vida passou a ser algo ligado ao consumo: comprar um modelo novo de carro, possuir casa própria ou algum aparelho da Apple, por exemplo, são indicadores de qualidade de vida nesse contexto midiático.

Leia também...
Agência Universitária de Notícias

ISSN 2359-5191

Universidade de São Paulo
Vice-Reitor: Vahan Agopyan
Escola de Comunicações e Artes
Departamento de Jornalismo e Editoração
Chefe Suplente: Ciro Marcondes Filho
Professores Responsáveis
Repórteres
Alunos do curso de Jornalismo da ECA/USP
Editora de Conteúdo
Web Designer
Contato: aun@usp.br