ISSN 2359-5191

06/10/2011 - Ano: 44 - Edição Nº: 95 - Economia e Política - Escola de Educação Física e Esporte
Semana de Marketing da EEFE trata tendências de novos esportes
No terceiro dia de evento, palestras tratam o ressurgimento de uma liga estruturada de basquete e a inserção do MMA (Mixed Martial Arts) na cultura do brasileiro

São Paulo (AUN - USP) - Em seu terceiro dia, a IV Semana de Markting Esportivo, que aconteceu no final de agosto, no Auditório da Escola de Educação Física e Esporte (EEFE), trouxe, para a primeira palestra do dia, Sérgio Domenici, gerente executivo da Liga Nacional de Basquete. Ele conta que, após o racha dos clubes paulistas com a Confederação Brasileira de Basquete (CBB) dadas as divergências de opiniões sobre a gestão, foi criada uma nova liga, autogerida, para organizar e revitalizar o basquete brasileiro. Domenici apresenta todos os pormenores de como a LNB se formou e deu origem a um novo e forte campeonato, o Novo Basquete Brasil (NBB).

Nesse caso, ele explica, o marketing foi fundamental para ressuscitar o esporte no país e as estratégias da LNB eram cruciais para o processo. A principal ação foi o investimento em estrutura. A estrutura esportiva pôde contar com reformas de ginásios pelo Brasil, incentivos para repatriar atletas, criar eventos comemorativos nos moldes da NBA (como o All Star Weekend, que agora existe aqui), entre outros. Essas medidas refletem diretamente na estrutura publicitária – a reforma do ginásio traz mais torcedores, aumenta a visibilidade do jogo e, consequentemente, atrai investimento, o atleta repatriado atrai novos patrocínios, por aí vai.

Todo esse investimento aliado resulta em um campeonato mais forte e mais interessante, cativando possíveis novos atletas. Justamente por isso, a LNB promoveu, junto com os clubes, a criação de uma Liga Sub-21. Cada time profissional, tem sua equipe, disputando o campeonato no mesmo formato do NBB. Isso cria um incentivo enorme para os jovens atletas, fazendo do basquete um esporte de crescente progressão no país.

Também em ascensão está o MMA. Ricardo Ognibene, da One Sports Business, veio, na segunda palestra do dia, comentar sobre a inserção do esporte na cultura do brasileiro.

Segundo Ricardo, tradicionalmente, o mercado da luta nunca conseguiu um grande potencial publicitário, pois o esporte, considerado por muitos como violento, não atrela valor às marcas. Depois da unificação dos campeonatos estrangeiros, por parte de Dana White e da marca Ultimate Fighting Championship (UFC), o MMA ganhou uma liga extremamente forte e estruturada. O UFC inseriu, culturalmente, uma conotação esportiva que o MMA não tinha. Dana White agregou tanto valor ao nome UFC que, a empresa que teve investimento inicial de US$ 2 milhões, vale, hoje, mais de US$ 2 bilhões.

A estratégia de marketing encabeçada por Dana White criou uma empresa de grande poder de visibilidade, finalmente atraindo investimentos. Hoje, o UFC é tão popular que é líder de vendas de eventos pela TV a cabo no mundo todo, os conhecidos Pay-per-Views (PPV). Além disso, o evento tem grande parte das receitas vindas de bilheterias sempre esgotadas, lincenciamento de produtos e pacotes de turismo para os eventos, tanto para pessoas como para empresas, fazendo, das edições do UFC, pólos de networking entre empresas, assim como acontece no Brasil Open de Tênis.

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