São Paulo (AUN - USP) - Foi dado início, na última quinta-feira, dia 1º, no auditório da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU), a oitava Conferência USP programada para o ano de 2011. O tema escolhido pelo comitê de enfermagem, odontologia, educação física e medicina esportiva para ser abordado no evento internacional foi o envelhecimento. No primeiro dia de conferência, as exposições se voltaram para o envelhecimento ativo, enquanto que, no segundo, a discussão foi direcionada para a fragilidade.

A mesa de abertura foi formada pela pró-reitora adjunta de pesquisa, Belmira Oliveira Bueno, e pelos professores e coordenadores da conferência Patrícia Chakur Brum, da Escola de Educação Física e Esporte - EEFE, Luiz Fernando Pegoraro, da Faculdade de Odontologia de Bauru - FOB, e Isabel Amelia Costa Mendes, da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto - EERP.

Representante do pró-reitor de pesquisa na ocasião, Belmira Bueno falou da importância da realização das chamadas Conferências USP, nas quais todas as áreas do conhecimento se dividem em dez conferências anuais, a serem realizadas em 2011, 2012 e 2013, para que pesquisadores e estudiosos, de dentro e fora da USP, compartilhem informações com a comunidade brasileira sobre um mesmo tema. E chamou a atenção para o estímulo à participação de um público maior nas discussões, além da comunidade acadêmica.

A professora também abordou a relevância e a necessidade de se “enfrentar” o tema, principalmente por conta do crescimento cada vez maior do número de idosos na população. Por fim, Belmira propôs a formação de uma “cultura sobre o envelhecimento”, através do oferecimento de bens públicos, de saúde, de acessibilidade e ainda, de respeito e acolhimento dessa população.

Representante dos campos da educação física e medicina esportiva, a professora Patrícia Chakur Brum lembrou do papel da Universidade de São Paulo em “promover o debate e facilitar o diálogo das diversas áreas do conhecimento”, relacionando com a proposta da Pró-Reitoria no desenvolvimento das Conferências USP, uma forma de “aproximar pesquisadores da USP, alunos de graduação e pós-graduação dos pesquisadores que atuam na fronteira do conhecimento de diversas áreas, tanto aqui no Brasil quanto no exterior, em um evento local”.

Luiz Fernando Pegoraro, que representava a odontologia, enfatizou a importância da multidisciplinaridade para o debate: “Quando paramos para pensar, é muito fácil juntar interesses comuns em diferentes áreas”.

Isabel Amelia Costa Mendes, pela enfermagem, destacou o envelhecimento da população mundial como indicador da melhora na saúde mundial. De acordo com a professora, a população global com mais de 60 anos é de 650 milhões, enquanto que a perspectiva para 2050 é que essa faixa etária se transforme em dois bilhões de pessoas. “Essa tendência ascendente vem acompanhada de desafios sanitários especiais neste século 21”.

Para acompanhar esse crescimento, Isabel Mendes colocou como fundamental a preparação de profissionais da saúde, de hoje e do futuro, do trabalho junto à sociedade, da prevenção e do tratamento de doenças crônicas associadas à idade, da formulação de políticas públicas, de cuidados paliativos e do desenvolvimento de ambientes adaptados a essa população, além de programas de promoção à saúde para todas as gerações.

Para mais informações sobre a conferência, a programação e os palestrantes, acesse: http://www.inovacao.usp.br/uspconferencias/envelhecimento/index.html.