São Paulo (AUN - USP) - Dois trabalhos de alunas da Faculdade de Saúde Pública da USP (FSP) foram premiados durante o VIII Congresso Brasileiro de Epidemiologia, realizado no final de 2011, no Anhembi, em São Paulo.
No Congresso, mais de três mil pôsteres foram apresentados, e 11 receberam menção honrosa. Os critérios utilizados foram metodologia, originalidade, apresentação e relevância.
As alunas premiadas são alunas do Programa de Pós-Graduação em Nutrição em Saúde Pública da FSP. Bárbara Lourenço, orientada da professora Marly Cardoso, apresentou um pôster sobre a pesquisa Análise Longitudinal do Padrão de Crescimento Linear de Crianças em Idade Escolar Residentes em Área Urbana de Acrelância, Acre, Brasil.
Nesta pesquisa, os pesquisadores analisaram se a influência de diversas exposições ambientais sobre o crescimento linear de crianças até cinco anos permanecem durante a idade escolar.
Entre 2003 e 2009 analisaram uma população de baixa renda na Amazônia Ocidental e concluíram que, entre a primeira infância e os 10 anos, a altura materna e características antropométricas tinham relação direta com o crescimento linear. No entanto, durante a idade escolar, influências socioeconômicas mostrou um potencial em modificar o crescimento. Neste sentido, aponta esta fase como um foco de intervenção tendo em vista melhorar a saúde da população.
Já a aluna Camila Borges, orientanda da professora Betzabeth Slater, apresentou trabalho relativo à pesquisa Mudanças no IMC Associadas com as Tendências dos Padrões Dietéticos Entre Adolescentes Brasileiros.
A pesquisa procurou analisar o consumo alimentar de adolescentes brasileiros através de padrões alimentares. Estes padrões são propostos como alternativa para se entender a forma como certos alimentos atuam ao serem consumidos em conjunto.
Foram analisadas adolescentes da cidade de Piracicaba, em São Paulo, que foram acompanhadas durante 2004 e 2005. O estudo dos padrões alimentares e sua relação com o IMC (Índice de Massa Corpórea) podem ajudar na formulação de políticas públicas de alimentação, tendo em vista melhorar as condições de saúde de grupos.
“Acredito que essa premiação é o reconhecimento do nosso trabalho como pesquisadores e nos estimula a produzir novos conhecimentos que podem contribuir para melhorar as condições de saúde e nutrição da população brasileira”, afirma Camila.
Já para Bárbara, “o mais importante é que, com esse reconhecimento, a comunidade científica reforça a relevância e manifesta interesse no tema que estudamos, nas estratégias analíticas utilizadas e/ou nos resultados obtidos até o momento”.
Os pôsteres podem ser vistos na íntegra no endereço: http://www.fsp.usp.br/site/dcms/fck/imc.pdf