ISSN 2359-5191

31/03/2004 - Ano: 37 - Edição Nº: 01 - Ciência e Tecnologia - Escola Politécnica
Poli projeta nova plataforma de extração de petróleo

São Paulo (AUN - USP) - Os alunos de graduação e pós-graduação da Escola Politécnica estão desenvolvendo um novo conceito de plataforma mais estável, que permanece na superfície do mar com baixos movimentos. A maior estabilidade permite o uso de risers, tubos que conectam o fundo do mar à plataforma flutuante, mais baratos e mais eficientes para extração de petróleo em grandes profundidades.

O projeto é resultado de uma parceria entre a Poli e a Petrobrás através do CEENO, Centro de Excelência em Engenharia Naval e Oceânica. A faculdade colabora com o conhecimento acadêmico e a empresa financia os custos.

O ganho em estabilidade também proporciona maiores garantias de segurança para a plataforma, aumentando as chances de no caso de uma grande inclinação, essa voltar à posição normal ao invés de afundar.

Para a Petrobrás, esse item tornou-se ainda mais importante que o aumento da produtividade depois do acidente com a plataforma P36, ocorrido em março de 2001 e que resultou na morte de 10 funcionários da empresa.“Principalmente depois do acidente da P36, houve uma preocupação muito forte da Petrobrás em sempre manter os sistemas o mais seguro possível...”, afirma Marcos Cueva, engenheiro pesquisador do projeto.

Por enquanto a plataforma, chamada de MonoBR, é apenas conceitual, resultado de cálculos e simulações realizados nos computadores do Tanque de Provas Numérico, sistema de computadores que simulam as condições do mar, pertencente ao departamento de Engenharia Naval da Poli. A construção real da plataforma caberá a Petrobrás que, após a conclusão do projeto, prevista para o meio deste ano, deverá decidir se os benefícios trazidos por essa nova tecnologia compensam os custos de investimento.

Enquanto a plataforma continua apenas virtual, quem ganha são os alunos da graduação e pós-graduação que acumulam experiências e têm a oportunidade de participar de um projeto sem igual no mundo. “Os alunos têm experiências melhores e maiores e, com isso, não tenho dúvidas de que se tornaram melhores profissionais.”, diz Marcos Cueva, que utilizará a experiência no projeto para escrever sua tese de doutorado.

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