São Paulo (AUN - USP) - O Segundo Seminário Internacional de Políticas Públicas, Mudanças Climáticas e Impactos sobre Áreas Frágeis trouxe pesquisadores da Université de Rennes e do Instituto de Estudos Avançados (IEA) da Universidade de São Paulo (USP) para debater os impactos de mudanças climáticas em áreas urbanas, principalmente sobre a população de baixa renda.
Os pesquisadores da Université de Rennes, Vincent Dubreuil, Johann Oszwald e Vincent Nédéle estudam há dez anos mudanças climáticas e seus impactos sobre áreas urbanas. “Apesar de trabalharem na França, eles têm uma grande familiaridade com o Brasil, inclusive tendo a maior parte de suas pesquisas realizadas no Mato Grosso”, explica Wagner Ribeiro, coordenador do Grupo de Estudos Ciências Ambientais, do IEA.
Ribeiro afirma que a aproximação entre os acadêmicos brasileiros e franceses foi possível graças a um recente convênio de cooperação entre as duas instituições, que foi firmado através da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH), também da USP.
Segundo o pesquisador, para trazer os acadêmicos franceses, “foi fundamental a participação da professora Neli de Mello Théry, da EACH”. Neli é coordenadora do Grupo de Estudos Políticas Públicas, Territorialidade e Sociedade, também do IEA. “Por ambos sermos do Instituto, a aproximação entre os dois grupos de estudo foi bem natural”, completa Ribeiro.
O evento foi realizado no salão de eventos do IEA e se iniciou às 9 horas da quinta-feira, 31 de maio, com abertura da professora Neli, que em seguida coordenou a primeira mesa-redonda, composta por Wagner Ribeiro, Luiz Gylvan Filho, do IEA, e Vincent Dubreuil, da Université de Rennes.
Outras participações incluíram pesquisadores e doutorandos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, além de acadêmicos da EACH. A Secretaria do Verde e do Meio Ambiente do município de São Paulo foi representada por Jane Zilda Ramirez.
“A participação da Secretaria consistiu mais em relatar os andamentos de projetos para a remoção da população em áreas de risco”, afirma Wagner. “Mas também houve debate, cujo foco foi mais a população de baixa renda.”