ISSN 2359-5191

11/06/2012 - Ano: 45 - Edição Nº: 40 - Ciência e Tecnologia - Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas
Investigação de ambientes submersos auxilia projetos nesses ambientes

São Paulo (AUN - USP) - Não há como saber a condição que está o fundo de um lago ou rio quando olhamos somente sua superfície. É preciso ir mais fundo e investigar o solo abaixo da coluna de água para facilitar diversos trabalhos, como construção de ponte ou melhora de portos.

O pesquisador Luiz Antonio Pereira de Souza, do Centro de Tecnologias Ambientais e Energéticas (Cetae), faz a fotografia de ambientes submersos. “Você consegue reproduzir uma imagem parecida com uma fotografia, como um submarino ou uma âncora deixada no fundo do mar. Lidamos com aparelhos que ajudam a identificar a geologia embaixo da água”, conta Souza. Geólogo de formação, o pesquisador atua na área de geofísica, a física para obter os dados e a geologia para analisá-los.

Os aparelhos usados são o sonar de varredura lateral e o perfilador sísmico. O primeiro mostra a imagem do fundo como se fosse feita uma fotografia do ambiente visto de cima, ou seja, é possível ver somente o que está na superfície do fundo, como navios afundados, tipos de rocha diferentes ou até uma antiga cidade inundada para fazer o reservatório de Palmas. Com o Sonar, podemos ver suas avenidas, casas derrubadas, até pilhas de madeira que foram cortadas e abandonadas. “Se um engenheiro planejar fazer uma ponte, melhor saber o que tem no fundo para colocar o suporte da obra em rocha sólida e firme, não em um banco de areia”, explica Souza.

Já o segundo tipo, o perfilador sísmico, mostra o perfil do fundo em profundidade. Assim é possível ver os tipos de rocha e sua distribuição pelo fundo. Isso ajuda, por exemplo, determinar rotas de navios ou alargar o fundo de portos. Se há um grande espaço com areia, é mais fácil retirar para melhorar um porto, como o de Santos, ou pode-se determinar que um navio não deve seguir uma rota por ter uma área de rocha.

“O aparelho permite que façam medidas de alguns parâmetros para saber se o que está sendo feito ali está correto”, afirma. “No reservatório de Guarapiranga, temos uma área urbana com pessoas morando ao redor dele. Então é preciso fazer um estudo para saber como está a sedimentação no fundo do reservatório e se ele precisará ser tratado”, exemplifica. “Se ele foi construído há 50 anos e já tem uma grande espessura, medidas precisam ser tomadas. E com o perfilador podemos obter esses dados”.

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