São Paulo (AUN - USP) - Até julho, o Grupo de Computação Musical do Instituto de Matemática e Estatística da Universidade de São Paulo (IME-USP) realiza um ciclo de seminários sobre efeitos digitas de áudio. São 14 seminários em que se “pretende cobrir os principais tópicos da área de processamento digital de sinais aplicado à criação de efeitos sonoros”, como explica Marcelo Queiroz, um dos pesquisadores responsáveis pelo Grupo.
A possibilidade de modificar sinais de áudio, causando diferentes tipos de efeitos, existe desde antes da era digital. Na tecnologia analógica, as ondas sonoras são alteradas ao passar através de circuitos eletrônicos, sendo talvez o maior exemplo disso os pedais de guitarra que distorcem o som do instrumento e que foram fundamentais para o desenvolvimento de gêneros musicais como orock e o grunge. Segundo Marcelo, os efeitos abordados no ciclo “vão bastante além dessas possilidades”. O processamento digital de áudio surgiu a partir dos anos 1960, com o aparecimento dos primeiros computadores digitais, o que permitiu o processamento das ondas sonoras através de algoritmos matemáticos. Marcelo conta que é partindo dessa abordagem matemática que os seminários, que acontecem toda segunda-feira ao meio-dia, são formulados.
Apesar disso, o ciclo não é somente voltado para especialistas, sendo abordados os aspectos técnicos e também práticos dos tópicos apresentados. O próprio tema dos seminários foi escolhido por ser, dentro da área computação musical, o de interesse mais abrangente.
Os próximos temas abordados pelo ciclo serão: deformações em tempo e frequência, efeitos analógicos virtuais, mixagem automática e separação de fontes sonoras.