ISSN 2359-5191

17/06/2012 - Ano: 45 - Edição Nº: 46 - Ciência e Tecnologia - Instituto de Matemática e Estatística
Aplicativo possibilita avaliação e acompanhamento de partidos políticos

São Paulo (AUN - USP) - Alunos da USP desenvolvem aplicativo que permite analisar o comportamento dos partidos políticos e, em última instância, avaliar seus posicionamentos em relação à sua ideologia. O Radar Parlamentar é um aplicativo que demonstra, em gráficos, aproximações e semelhanças entre partidos, por meio de análise matemática dos dados de votações de projetos de lei nas casas legislativas. O projeto ficou em 2º lugar na Hackathon – maratona hacker promovida pela Câmara Municipal de São Paulo, no intuito de estimular a elaboração de aplicativos que facilitem a leitura e o entendimento de seus dados abertos.

O projeto é desenvolvido por um grupo de extensão que tem origem na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli/USP), o PoliGNU, e conta com participação de estudantes de diversas áreas da Engenharia, além de pessoas de outras faculdades da USP, como alunos de Ciências Políticas. Inicialmente, a ideia surgiu de Leornado Leite (formado pela Poli/USP e atual estudante do Instituto de Matemática e Estatística, (IME), inspirado pela descoberta da liberação de Dados Abertos pela Câmara dos Deputados. No início de 2012, ele criou o projeto CamaraWS que ganhou corpo dentro grupo (PoliGNU) e aos poucos se transformou no Radar Parlamentar.

Um dos objetivos do grupo é promover o uso dos dados abertos e disseminar a cultura de avaliação e acompanhamento dos políticos eleitos e seus partidos naquilo que, no fundo, é o que de fato influencia na vida dos eleitores, a votação de leis e emendas. Os gráficos estão disponibilizados no site do Radar Parlamentar e é possível fazer análises próprias entrando no portal. A ideia principal é deixar a cargo do visitante a interpretação dos dados ali dispostos.

Os dados abertos são aqueles que estão numa formatação adequada à leitura da máquina e, portanto, de programas de computador, sendo assim a base necessária para a realização da análise matemática. O projeto só foi possível a partir de liberação dos dados e, por isso, não há análises de períodos anteriores quando os dados não eram digitalizados. Devido a essa necessidade, uma questão fundamental para o grupo conseguir realizar o projeto foi a Lei de Acesso à Informação que garante aos cidadãos brasileiros o acesso aos dados oficiais do Executivo, Legislativo e Judiciário. A lei entrou em vigor no dia 16 de maio deste ano, mas não impossibilita que os parlamentares possam votar secretamente.

Por meio do Radar Parlamentar, o grupo propaga as ideias que defende e, hoje, faz campanha pelo voto aberto nas casas parlamentares. O projeto continua com desenvolvimento ainda de muitas ferramentas. Um dos próximos passos pretendidos é a identificação de gênero de cada parlamentar dos partidos e da quantidade de secretarias e ministérios que os partidos ocupam.

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