ISSN 2359-5191

22/06/2012 - Ano: 45 - Edição Nº: 49 - Saúde - Faculdade de Odontologia
Pesquisa em Dentística cria a possibilidade de avanços no tratamento da cárie

São Paulo (AUN - USP) - O trabalho, desenvolvido por uma aluna de mestrado da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (FO/USP), contou com o financiamento da Fapesp, além do apoio do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP e do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen). Trata-se de um novo método para o estudo do tratamento da cárie dental. A inovação está no uso de instrumentos laboratoriais que possibilitaram uma análise do material cariado em um espaço de tempo reduzido, em comparação ao que era feito até então. Além disso, os resultados desse método de estudo se mostraram mais próximos à realidade clínica da cárie.

A pesquisadora Cynthia Azevedo explica que essa maior coerência se deve à obtenção de um tecido dentário produzido em laboratório que reproduz o chamado “desafio cariogênico” de forma fiel. A elaboração desse tecido substitui o uso de substratos dentais hígidos, que, por serem de diferentes seres humanos, costumam apresentar muitas variações entre si, prejudicando a precisão dos resultados finais desses estudos.

O método desenvolvido pela pesquisa consiste na manipulação de um substrato similar à dentina cariada. Para isso, foi preparado um meio líquido composto tanto pelas bactérias cariogênicas quanto pela sacarose, açúcar pelo qual os microorganismos se alimentam, produzindo o ácido responsável pela desmineralização dentária.

Foi justamente no processo de leitura desse prejuízo na dentina que a pesquisa contou com um avanço. Através do uso de um tomógrafo que analisa a desmineralização do dente em profundidade, o estudo pôde contar com resultados laboratoriais muito confiáveis, e em um curto espaço de tempo. A técnica, conhecida como Optical Coherence Tomography ou Tomografia por Coerência Óptica (OCT), era usada, inicialmente, na área de Oftalmologia. O tomógrafo utilizado para a pesquisa vem do IPEN. Além dessa participação no processo, por parte do IPEN, o ICB também ajudou na parte de Microbiologia, disponibilizando as bactérias usadas em laboratório. Para Cynthia, esse foi um fator muito interessante e precioso. “Usamos vários centros da universidade. A USP tem essa facilidade, outras [universidades] talvez não teriam.”

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