ISSN 2359-5191

03/07/2012 - Ano: 45 - Edição Nº: 59 - Ciência e Tecnologia - Escola Politécnica
Nanotubos podem revolucionar produção de células solares

São Paulo (AUN - USP) - Inicialmente tentando produzir nanotubos de TiO2 (óxido de titânio encontrado na natureza, utilizado numa grande variedade de aplicações, da pintura e do protetor solar ao seu uso como corante alimentar.) e estudá-los para seu mestrado, Tiago Fraga, da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli/USP), descobriu utilidades inovadoras dessa estrutura. Os nanotubos podem servir na aplicação em células solares, antes fabricadas por estruturas relativamente grandes, sobretudo se comparadas às nanoestruturas.

A produção dos nanoestubos de TiO2 foi o ponto de partida. Todo o processo de estudos e testes durou 24 meses e nesse tempo muitos aperfeiçoamentos foram possíveis.Um dos professores da banca avaliadora ressaltou a importância do trabalho de Tiago como inovação. A descoberta de que partículas quase invisíveis ao olho nu podem constituir células condutoras de energia. Uma das ideias é diminuir as células solares e torná-las mais práticas – e, talvez, mais baratas. Hoje em dia, muitas delas são feitas de silício policristalino e formam grandes painéis solares para a captura da luz solar que se transformará em energia.

A produção de estruturas tubulares de TiO2 possui aplicações tecnológicas em diversas áreas, além de células solares, como produção de energia, fotocatálise da água (aceleramento da quebra das moléculas de água por ação da luz ou de energia radiante), em biomedicina, e optoeletrônica (estudo e aplicação de aparelhos eletrônicos que fornecem, detectam e controlam luz). E além dos nanotubos de TiO2, os de carbono também podem ser usados em células solares. A diferença entre os nanotubos de TiO2 e os nanotubos de carbono são suas características estruturais, além do que o carbono conduz melhor a eletricidade que o TiO2.

O interessante é poder usar estruturas tão pequenas com bons resultados de condução de eletricidade. Alguns processos como o polimento dos nanotubos e a diminuição das rachaduras entre os pequenos filetes de TiO2 precisam ser repensados e aperfeiçoados para que os resultados sejam ainda melhores e aplicáveis em maior escala.

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