ISSN 2359-5191

07/07/2012 - Ano: 45 - Edição Nº: 63 - Arte e Cultura - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
Pesquisa visa mapear e discutir o design visual com tecnologias de informação e comunicação no âmbito urbano

 

São Paulo (AUN - USP) - A pesquisadora e professora Daniela Hanns, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo (FAU), propõe em seu projeto de pesquisa a análise e a discussão das manifestações do design visual aplicado em tecnologias de informação e comunicação (TIC) na capital paulista. A ideia é criar bancos de dados, acervos virtuais e desenvolver projetos visuais que sejam exibidos em museus e espaços culturais e, principalmente, espaços públicos da cidade de São Paulo.

 

Para Daniela, nos últimos anos, arquitetos, designers e artistas têm integrado cada vez mais tecnologias de informação e comunicação em intervenções urbanas, nas quais a cidade atua como “meta-superfície”. A partir disso, é de interesse do projeto o desenvolvimento de linguagens, tanto de programação quanto visuais, para exibição do design em áreas abertas. Painéis, outdoors eletrônicos, sistemas eletrônico-digitais que envolvem fachadas e espaços, além de terminais de informação e superfícies arquitetônicas inteligentes podem ser usados de modo a suportar a noção de espaço público como espaço de criação e troca de cultura.

 

As pesquisas de Daniela também abordam a questão da interatividade na arte. Em trabalhos anteriores, a pesquisadora produziu obras, expostas em museus e centros culturais, que reagiam as ações de pessoas, instantaneamente. Um exemplo é a peça Dança Interativa, exibida no Centro Cultural do Banco do Brasil do Rio de Janeiro, na qual diversos sensores captavam os movimentos de uma bailarina, que ao dançar produzia fenômenos de luz e som. “O interessante é que não é programado. Em cada espetáculo a bailarina produzia efeitos de luz distintos, o que proporcionava um show totalmente diferente do anterior”, afirma a professora de Design da FAU.

 

Construir um ambiente interativo é outra ambição de Daniela. Chamado de realidade aumentada, ele reagiria à quantidade de pessoas, a seus movimentos, à temperatura ambiente, e todos esses dados seriam convertidos em informação sensorial, como música, imagens, projeções de luz, e de tato, por exemplo. A dificuldade são os altos investimentos que esses projetos demandam, que acabam dependendo do financiamento de grandes empresas ou das prefeituras para sua realização.

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