São Paulo (AUN - USP) - Uma pesquisa realizada na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEARP) da USP analisou o Brasil como uma marca, para avaliar a visão do público no exterior em relação ao país. O estudo verificou que falta para a Marca Brasil, nos Estados Unidos da América, uma melhor execução de projetos voltados ao turismo.
Para a pesquisadora Fabiana Gondim Mariutti, falta integração entre a comunicação do Brasil. “[É preciso] um plano estratégico que concentre ações de comunicação integrada, com formatos diferenciados para diferentes públicos-alvo”, explica. Canais multimidiáticos e inovação criativa na comunicação, tanto fora quanto dentro do Brasil, são sugestões da autora.
Fabiana ressalta, porém, que existem planos interessantes que visam crescimento do turismo brasileiro nos EUA. Mas, durante a pesquisa de campo, ela notou que eles não são postos em prática na totalidade, o que prejudica as estratégias em conjunto que eles delimitam.
As próprias notícias veiculadas no exterior sobre o país têm influência na Marca Brasil. Uma boa imagem através da mídia incentiva o turismo, do mesmo modo que notícias ruins podem piorar a visão de potenciais turistas. É proposto que comunicadores ajam em conjunto para evitar que a imagem do país seja degradada. “Os profissionais de jornalismo e de relações públicas devem estar juntos para tratamento das matérias e envio aos canais pertinentes”, afirma a pesquisadora.
O trabalho com a Marca Brasil, porém, não é restrito ao âmbito do turismo. A avaliação do seu potencial pode ser feita em diversos contextos e setores da economia. Fabiana, que foi orientada pela professora Janaina de Moura Engracia Giraldi, vê sua pesquisa como uma parte de um possível estudo mais amplo sobre a Marca.
O trabalho, que é a dissertação de mestrado da autora, foi conduzido, primeiramente, através de revisão sistemática da literatura acadêmica sobre o assunto e, depois, entrevistas em profundidade. Estas foram feitas com profissionais da Embratur, que direciona políticas de turismo no exterior, com agências e operadoras de turismo norte-americanas e com quatro especialistas sobre a questão.