São Paulo (AUN - USP) -O NEU (Núcleo de Empreendedorismo da USP) é formado por alunos de diversas áreas da Universidade. Segundo Marco Angioluci, aluno de engenharia da USP e um dos diretores do NEU, o grupo pretende conseguir transformar a USP em uma universidade preparada para dar suporte aos alunos que possuem desejo de empreender. Para isso, seria criando na Universidade um “ecossistema de investidores e mentores preparado para catalisar o impacto de novas ideias, gerando ações concretas no mundo real”, como explicou. As propostas do grupo chegam, inclusive, a modificação das grades curriculares para atender essa demanda. “Com isso, pretendemos ajudar a fortalecer o movimento empreendedor no Brasil, possibilitando o intercâmbio de conhecimentos, de culturas e de informações entre universitários empreendedores do Brasil e do mundo”, diz Marco.
O grupo acredita que “empreendedorismo” não se restringe ao senso comum de “abrir empresas”. A conceituação que assumem é a de que um “empreendedor” é o indivíduo que muda a realidade a sua volta para melhor, que age fora dos padrões pré-estabelecidos criando diferencial. “Para o NEU, empreendedor é aquela pessoa que ‘bota pra fazer e faz acontecer’, não importa se isso ocorre através da criação de uma empresa, da realização de projetos dentro de uma empresa de terceiros, dentro de uma ONG, dentro do governo ou dentro de um laboratório na universidade”, esclarece o diretor. Dessa forma, o “empreendedorismo” pode ser realizado em todas as áreas, sendo uma das características do NEU o apreço pela multidiplicinariedade. “Um problema gravíssimo que percebemos foi que os universitários de cursos diferentes da USP não se comunicam entre si, o que é um desperdício enorme de capital intelectual para o Brasil”.
O Startupapo, ciclo mensal de palestras que o NEU realiza, visa levar “inspiração” aos interessados. O evento é aberto para o público em geral e acaba funcionando também como fornecedor de “networking” para os que comparecem. Sempre que possível, o grupo convida exuspianos que optaram pela tragetória de empreendedores.
Para Marco, os estudantes da USP possuem o perfil de empreendedores, mas não têm as ferramentas e o ambiente ideais para usufruírem como deveriam dessas potencialidades. “O uspiano é um exemplo de empreendedor universitário. Basta ver a quantidade de pessoas envolvidas nas agremiações estudantis, nos centros acadêmicos, nas atléticas, nas iniciativas de projetos de extensão, isso para citar poucos exemplos.” Hoje, o NEU tem mais de 30 pessoas, porém, dentre estas, oito são realmente ativas no Núcleo. “Nossa missão é promover e catalisar as iniciativas empreendedoras dos alunos da USP. Acreditamos que o uspiano de modo geral tem um potencial imenso para transformar a realidade do Brasil e do mundo em suas áreas de atuação e acreditamos que atitudes empreendedoras são a ferramenta-chave para concretizar esse impacto”, completa Marco.